Governo prepara medidas para prevenir peste suína africana

Confagri 10 Mai 2019

O ministro da Agricultura disse esta quinta-feira, em Rio Maior, que o Governo está a preparar medidas, como a redução de javalis e controlos de viajantes, para evitar que o vírus da peste suína africana afete a suinicultura nacional.

Luís Capoulas Santos, que abriu o 9.º Congresso Nacional de Suinicultura, salientou o «bom momento» que o setor está a viver e pediu uma «atenção redobrada» para que não seja posto em causa por uma peste que afetou o país durante 30 anos e que se encontra erradicada desde 1996.

«O país está indemne, não estou a lançar alarmismo, mas a chamar a atenção da população para uma conduta consciente», pois «toda a atenção e todo o cuidado é pouco», disse, referindo que, além de um plano para a redução da população de javalis, estão a ser preparadas medidas de controlo de viajantes provenientes de países afetados.

Capoulas Santos afirmou que se trata de um vírus «muito resiliente» que tem vindo a alastrar na Ásia e no leste europeu, tendo já atingido países como a Bélgica e a Itália, o que é facilitado pela «enorme movimentação de pessoas de todo mundo».

«Muitas trazem alimentos contaminados, o vírus pode vir com a roupa, nos sapatos», disse, sublinhando que, apesar de as explorações estarem confinadas e terem adotado todas as prevenções possíveis, há «sempre um risco enorme».

Tendo alastrado a partir das populações de javalis, este será um dos alvos das medidas em curso, estando a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a trabalhar com as organizações de caçadores para reduzir os efetivos destes animais, afirmou.

«Por outro lado, vamos ver nos aeroportos e nos controlos de pessoas até onde poderemos ir para introduzir algumas medidas preventivas adicionais e alertando a população de que se abstenha de consumir todos os produtos que sejam trazidos», como enchidos ou alimentos frescos que venham das origens afetadas, e tenha «todo o cuidado com a forma como são destruídos», pois, muitas vezes, são dados aos animais ou lançados nos campos, onde estes os consomem, declarou.

O ministro lembrou que, há três anos e meio, quando iniciou funções, o setor atravessava, há um ano, uma «enorme crise», tendo revelado uma «enorme resiliência», a ponto de estar agora a viver um momento de «grandes oportunidades», nomeadamente com a possibilidade de exportar para a China, um dos países afetados pela peste suína africana (PSA).

Segundo disse, o ministro chinês das Alfândegas, respondendo a um convite feito há seis meses, estará em Portugal nos próximos dias 26 e 27, altura em que espera assinar protocolos relativos a este setor, mas também ao dos frutícolas, como uva de mesa, pera e maçã.

Capoulas Santos afirmou que a internacionalização tem sido uma «prioridade» para o Ministério da Agricultura, exemplificando com a abertura de 55 mercados para 208 produtos, 159 de origem animal e 49 de origem vegetal, a que se juntou agora a possibilidade de exportação de pombos-correio para o México.

Disse ainda que está a ser trabalhada a abertura de outros 59 mercados, para viabilização da exportação de 273 produtos, dos quais, 221 da área animal e 52 da área vegetal.

O 9.º Congresso Nacional de Suinicultura teve como temas centrais as potencialidades do mercado chinês para o setor e os desafios que se abrem com a produção de carne sintética, atualmente em fase de investigação.

Fonte: TSF

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