Fonte: expresso.pt
Secretário-geral da ONU admite que os objetivos que serão discutidos na nova cimeira do clima, que se vai realizar na próxima segunda-feira em Nova Iorque, “são muito difíceis, mas possíveis”.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reconhece que as metas que serão discutidas na Cimeira de Ação Climática, que se vai realizar no próximo dia 23 de setembro em Nova Iorque, são difíceis. Mas manifesta-se confiante de que a opinião pública e os mais jovens vão ajudar a pressionar os Governos.
“Os objetivos são muito difíceis, mas possíveis. O que precisamos é de vontade política”, afirma António Guterres em entrevista ao “El País”, lamentando as decisões de alguns governantes em relação ao clima.
Segundo o secretário-geral da ONU, há contudo razões para acreditar que os cidadãos conscientes e informados vão continuar a manifestar-se a favor das medidas para combater as alterações climáticas. “Devemos continuar a dizer a verdade e confiar que os regimes políticos, sobretudo as democracias, acabarão por cumprir aquilo que acreditamos ser necessário”, acrescenta.
Para vermos os efeitos a médio prazo, sublinha Guterres, é fundamental que a sociedade continue a pressionar os Governos quanto à necessidade de uma ação rápida, “porque estamos a perder a corrida e as consequências dos desastres naturais são cada vez mais devastadoras.” “A natureza está zangada e não se pode pode julgá-la, porque ela devolve o golpe”, insiste.
Além da redução de 45% das emissões de CO2 em 2030 e a neutralidade carbónica em 2050, o secretário-geral da ONU adianta que a cimeira visa discutir também outras medidas mais específicas como a abolição de subsídios no uso de combustíveis fósseis e o aumento do preço a pagar pelas emissões de carbono.
