O combate aos incêndios no distrito de Évora conta, este ano, com um dispositivo idêntico ao de 2017, mas com «maior cobertura» por meios aéreos no verão, revelou o comandante distrital de Operações de Socorro.
«O dispositivo é quase idêntico ao do ano passado, mas vamos ter maior cobertura de meios aéreos, para nos dar outra garantia», explicou à agência Lusa José Ribeiro, responsável pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora.
O Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR) no distrito, que foi apresentado ontem, prevê um total de 232 operacionais, 67 veículos e um helicóptero sediado em Évora no período mais crítico dos fogos, entre 01 de julho e 30 de setembro, no nível IV de empenhamento operacional IV.
Mas, realçou o comandante José Ribeiro, além do helicóptero de Évora, o dispositivo envolve ainda o apoio de outros «dois helicópteros» bombardeiros ligeiros localizados em distritos adjacentes, um deles em Moura (Beja) e o outro em Ponte de Sor (Portalegre).
Esses dois meios aéreos, disse, vão possibilitar «aumentar a cobertura nos locais onde, previsivelmente, há mais risco e onde as ocorrências podem implicar maior dificuldade», como são os casos «de Mora e da Serra de Portel».
Por agora, desde o passado dia 15 e até final do mês, continuou o comandante distrital de Operações de Socorro, o DECIR no distrito de Évora encontra-se no nível II e mobiliza 152 operacionais, apoiados por 47 veículos.
Entre 01 e 30 de junho, o empenhamento operacional sobe para o nível III, com o dispositivo a mobilizar 205 operacionais, auxiliados por 60 veículos. Passados os meses de verão, já em outubro, o DECIR no distrito de Évora regressa ao nível II e os meios passam para 144 operacionais e 46 veículos.
Os meios envolvidos no DECIR são garantidos pelos 14 corpos de bombeiros do distrito, Força Especial de Bombeiros (FEB), GNR e PSP, equipas de sapadores florestais e da empresa AFOCELCA e serviços municipais de proteção civil.
As serras d’Ossa, nos concelhos de Estremoz, Redondo e Alandroal; Valverde e Monfurado, entre Évora e Montemor-o-Novo e Portel e Mendro, assim como a Mata Nacional de Cabeção, em Mora, são algumas das áreas críticas no distrito.
Fonte: Lusa