A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro vai juntar especialistas nacionais e internacionais na quinta-feira, em Vila Real, num debate sobre os incêndios extremos, os seus fatores e casos de estudo recentes.
A conferência, que conta com a participação de investigadores das universidades de Vila Real, Porto, Coimbra e Geórgia, esta última nos Estados Unidos da América, vai debruçar-se sobre o projeto Firextr e também sobre o grande incêndio de Pedrogão que, em junho, vitimou 64 pessoas.
De acordo com o programa do evento, divulgado esta terça-feira pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), os especialistas irão fazer uma abordagem a este incêndio em várias vertentes, desde a meteorologia, o clima, o comportamento do fogo e a sua severidade e o impacto na comunidade.
A conferência decorre no âmbito do projeto Firextr, que é coordenado pela Universidade do Porto e tem como base «prevenir e preparar a sociedade para eventos extremos de fogo: o desafio de ver a floresta e não somente as árvores». O projeto arrancou em julho de 2016 e deverá estar concluído até junho de 2019.
O «grande desafio» do Firextr «é compreender os processos biofísicos e humanos que explicam a ocorrência de incêndios extremos, com vista a desenvolver estratégias mais eficientes de prevenção, preparação do risco de incêndio e criar sociedades e ecossistemas mais resilientes».
O projeto parte do pressuposto de que os «incêndios extremos não são uma inevitabilidade, pelo que as comunidades e as sociedades têm que se prevenir e se preparar, atempadamente, para este tipo de eventos».
A ideia chave do Firext assenta no conceito “fire smart territories” (território inteligente ao fogo), através de uma abordagem social-ecológica em todas as etapas da gestão dos incêndios, principalmente as de prevenção e preparação. O projeto envolve oito instituições de Portugal, Austrália, Canadá, França, Itália e Estados Unidos da América.
Fonte: Lusa