Onze aldeias da Serra do Caramulo integram projeto de valorização

Confagri 20 Abr 2018

Onze aldeias serranas do Caramulo, pertencentes a três concelhos do distrito de Viseu afetados pelos incêndios de outubro de 2017, vão servir de base à criação de programas de turismo de natureza que as valorizem.

Aldeias da Serra do Caramulo é o nome do projeto, orçado em 1,8 milhões de euros, que foi ontem, quinta-feira, apresentado publicamente, depois de ter sido candidatado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões ao programa Valorizar.

«Hoje, a Serra do Caramulo já tem produtos de excelência, mas falta-lhe criar uma rede que possa potenciar uma escala agregadora. Esse é o primeiro objetivo deste projeto, alavancando a partir daí a disseminação de outras áreas de crescimento e desenvolvimento», explicou o presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus.

Adsamo, Cambra, Covas, Couto e Vila Nova, no concelho de Vouzela, Carvalhal da Mulher, Jueus, S. João do Monte e Teixo, no concelho de Tondela, e Bezerreira e Covelo de Arca, no concelho de Oliveira de Frades, são as aldeias envolvidas no projeto. «Este é o arranque de um processo que não se deve esgotar nestas aldeias. A partir delas, queremos ramificar e consolidar um produto estruturado da Serra do Caramulo», frisou o autarca de Tondela.

A aposta do projeto está centrada no turismo de natureza que valorize estas aldeias, envolvendo as populações e os agentes que já estão no terreno. Está prevista a criação de dois projetos âncora, nomeadamente uma grande rota pedestre de interligação da rede de aldeias e de três percursos cicláveis de ligação entre as ecopistas do Dão e do Vouga, a Serra do Caramulo, as vilas de Vouzela e Oliveira de Frades e as cidades de Tondela e Viseu.

A recuperação arquitetónica das aldeias, com intervenções em telhados, fachadas, calcetamento, mobiliário urbano e sinalética, é outra das medidas. «É um projeto inovador. Todo o nosso interior precisa da capitalização de pessoas e estamos certos de que este projeto, acima de tudo, vai permitir atrair à nossa bela região gente de outro território, não só nacional», considerou o presidente da Câmara de Oliveira de Frades, Paulo Ferreira.

O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, lembrou que só numa das aldeias abrangidas pelo projeto o incêndio fez quatro vítimas mortais, sendo muito importante «também dar esperança às pessoas» que foram afetadas.

«Encontrámos aqui um momento para poder dar esperança às pessoas que vivem nestas aldeias e às pessoas que têm lá origens, mas estão fora, e com este projeto podem encontrar uma nova forma de voltar à sua aldeia e ter a sua área de negócio», frisou.

Na sua opinião, não há motivos para que este projeto, que poderá ser financiado até 85 por cento, não seja aprovado no prazo de três meses. José António Jesus disse ser fundamental que «haja recetividade política para a sua aprovação», porque «uma coisa é contribuir com a componente nacional do cofinanciamento, outra é ter capitais próprios dos municípios para atingir o valor de 1,8 milhões de euros».

O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, salientou o facto de este projeto «contribuir para combater o despovoamento dos territórios». «Além de criar riqueza, de estruturar produto, de aumentar a atratividade turística, nós estamos a ajudar o país a resolver um problema. Portanto, o país não pode virar as costas ao projeto», considerou.

José António Jesus disse que, se for aprovado, o projeto «terá um incremento mais físico no primeiro ano, mas irá alongar-se durante dois anos, para poder ter estruturação ser projetado».

Fonte: Lusa

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