Juncker volta a rejeitar «cortes brutais» na política de coesão e na PAC

Confagri 15 Fev 2018

O presidente da Comissão Europeia afirma que é a favor dos cortes que não sejam brutais, na política de coesão e na Política Agrícola Comum, para ir ao encontro das prioridades.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, advertiu que será necessário proceder a cortes na política da coesão e na Política Agrícola Comum (PAC), no quadro do orçamento da União Europeia pós-2020, mas reafirmou que é contra «cortes brutais».

Numa conferência de imprensa em Bruxelas para apresentar orientações do seu executivo comunitário com vista aos debates sobre o futuro quadro financeiro plurianual da União (2020-2027), Juncker reafirmou-se «amigo da política de coesão», mas alertou que será necessário proceder a poupanças, rejeitando isso sim «cortes brutais».

«Sou a favor de uma política de coesão bem organizada. Mas temos que ter em consideração o valor acrescentado do que pode fazer a política de coesão. Penso que teremos que proceder a cortes na área da Política Agrícola Comum e na área da política de coesão se queremos ir ao encontro de todas as prioridades. Mas não sou a favor de cortes brutais», disse.

O presidente da Comissão repetiu a ideia deixada num debate na semana passada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, quando se opôs à vontade «estúpida» de alguns de «atentar» contra as políticas de coesão e política agrícola comum.

Já à luz das discussões que agora têm início sobre o orçamento da UE a longo prazo, um dos temas da cimeira informal de líderes da União Europeia (UE) a ter lugar em 23 de fevereiro próximo em Bruxelas, o Governo português tem defendido a importância de preservar a política de coesão.

O primeiro-ministro António Costa defendeu recentemente em Bruxelas que esta «é a política europeia que mais tem contribuído para a unidade na diversidade europeia» e «grande parte do sucesso da União Europeia deve-se à sua política de coesão».

Considerando-a «uma marca identitária da União Europeia, cujos objetivos permanecem hoje tão centrais como quando foi criada», António Costa defendeu que «a coesão não pode nem deve ser a variável de ajustamento do próximo Quadro Financeiro Plurianual», mas sim «dispor de uma maior flexibilidade na sua definição e implementação, combinando a sua abordagem territorializada com um maior enfoque nos seus principais beneficiários: as pessoas».

A Comissão Europeia deverá apresentar «o mais tardar» até início de maio próximo a sua proposta formal para o orçamento da UE pós-2020, tendo considerado «essencial» que seja alcançado um «acordo rápido» sobre o futuro quadro financeiro plurianual da União Europeia, evitando o erro do quadro financeiro anterior (2014-2020), acordado apenas em dezembro de 2013.

Fonte: Diário de Notícias

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