Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia juntaram-se esta segunda-feira, dia 18 de fevereiro, para debater a visão estratégica a longo prazo da Comissão para uma Europa neutra em termos de clima e apelam para uma ação urgente e decisiva para reforçar a resposta global face às alterações climáticas.
Durante a reunião, o Conselho de Ministros sublinhou a urgência de aumentar a ambição global de combater as alterações climáticas, reforçar o multilateralismo e a implementação efetiva do Acordo de Paris, assinado em 2015. Aplaudiram o resultado da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP24), realizada em dezembro passado em Katowice, na Polónia, onde os países adotaram um conjunto de regras e diretrizes para fazer o acordo global funcionar na prática.
«As alterações climáticas são uma ameaça direta e existencial, que não poupará nenhum país», alerta a declaração da União Europeia (UE), que sublinha que os seus impactos já são sentidos em todo o mundo. «Ainda assim, a ação para conter isso continua a ser insuficiente», acrescenta, convocando todos os países a «unirem-se no sentido de aumentarem as ambições».
António Guterres já entrou em contato com alguns líderes do G20 para incentivá-los a aumentar essa ambição. Espera-se que países como a China e o Canadá sigam o apelo, aumentando a pressão sobre os Estados Unidos da América (EUA), que decidiram retirar-se do Acordo de Paris de 2015.
A declaração dos ministros das Relações Exteriores da UE faz repetidas referências ao último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que pela primeira vez traçou caminhos para limitar o aumento global da temperatura a 1,5ºC, em linha com o objetivo mais duro do Acordo de Paris.
«Não nos estamos a ser suficientemente rápidos para evitar uma interrupção climática irreversível e catastrófica. Neste contexto, é uma questão de extrema urgência fortalecer a resposta global à ameaça da mudança climática», diz a declaração.
Fonte: jornaleconómico