A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação da Ásia reúne-se esta quarta-feira de emergência em Banguecoque, na Tailândia, para abordar o risco da epidemia de peste suína africana registada na China se espalhar na região.
«A região deve estar preparada para a alta probabilidade de que a peste suína africana cruze fronteiras», informou a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) num comunicado em que se sublinha a necessidade de se adotar «uma resposta regional».
Especialistas de nove países vizinhos da China, nomeadamente, Camboja, Japão, Laos, Mongólia, Myanmar, Filipinas, Coreia do Sul, Tailândia e Vietname, incluindo epidemiologistas veterinários, reúnem-se durante três dias para definir um protocolo regional.
«A peste suína africana, nova na Ásia, representa uma ameaça significativa», refere a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), cuja sede regional fica em Banguecoque.
Mais de 40 mil porcos foram abatidos na China desde o início da epidemia, no início de agosto, segundo a FAO. O gigante asiático, maior produtor de carne suína do mundo, está a tentar conter este surto de peste suína africana inédita no país.
Os focos de peste suína africana foram detetados em cinco províncias da China, na sequência de uma exploração em Liaoning, no nordeste do país. Na Ásia, o primeiro surto detetado, em março de 2017, foi numa criação na Rússia, na Sibéria.
A peste suína africana, com casos registados em África, Rússia e em vários países da Europa do Leste, é muito difícil de controlar porque não existe uma vacina eficaz. No entanto, não representa qualquer perigo para a saúde humana.
A doença é transmitida por contacto direto entre porcos infetados, carraças ou animais selvagens e é fatal para os animais afetados, o que inflige perdas económicas significativas nas fazendas. Cerca de metade da população mundial de suínos é criada na China, o país que mais consome esse tipo de carne per capita, segundo a FAO.
Fonte: jornaleconómico