O Parlamento Europeu deu “luz verde” ao início de negociações com o Conselho sobre o novo sistema europeu de resposta a catástrofes naturais (“rescEU”), proposto pela Comissão após os incêndios florestais do ano passado em Portugal.
A proposta relativa ao mecanismo de proteção civil da União Europeia (UE) prevê a criação de uma reserva de ativos de proteção civil, a nível europeu, para reforçar a capacidade de resposta da UE a catástrofes naturais e as medidas de prevenção e preparação, que deverá incluir aviões de combate a incêndios, bombas de água especiais, equipas de busca e salvamento em meio urbano, hospitais de campanha e equipas médicas de emergência.
Esta iniciativa foi apresentada pela Comissão Europeia em 23 de novembro último para «fazer face a catástrofes naturais cada vez mais complexas e frequentes», como os incêndios florestais que assolaram Portugal no ano passado.
Na sequência daquele que foi considerado o pior dia de incêndios florestais de 2017 em Portugal, 15 de outubro, quando centenas de fogos causaram perto de meia centena de vítimas mortais, o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, defendeu que não era normal o tempo que Portugal teve de esperar por assistência para combater os fogos e encarregou uma “task-force” de examinar formas de melhorar a capacidade de resposta europeia, da qual resultou a proposta de criação de uma reserva de ativos própria de proteção civil.
O texto legislativo em torno do “rescEU”, inspirado no termo inglês para resgate e na sigla em inglês de UE,que servirá de base para as negociações com o Conselho, foi aprovado em plenário por 431 votos a favor, 99 contra e 97 abstenções.
As negociações entre o PE, o Conselho e a Comissão, os chamados “trílogos”, terão início assim que os Estados-membros chegarem a uma posição sobre a proposta.
Fonte: Diário de Notícias