O Plano de Gestão do Parque das Serras do Porto, apresentado em Paredes, dá prioridade às medidas de prevenção de incêndios florestais e de preservação do património concertadas entre três municípios.
Os presidentes das câmaras de Paredes, Valongo e Gondomar, que compõem a associação de municípios que gere o parque criado em março de 2017, referem que a maioria do território é formado por terrenos privados, o que determina a necessidade de envolver as pessoas, as instituições e as empresas, nomeadamente nas políticas de ordenamento que previnam a ocorrência de fogos florestais.
Os autarcas intervieram na assembleia-geral da Associação de Municípios das Serras do Porto, na qual foi apresentado o documento que norteará as ações durante os próximos anos.
O combate às plantas invasoras, com um investimento de 100 mil euros, a limpeza das margens dos rios Ferreira e Sousa, e a criação de um trilho que una os três concelhos a pensar nas atividades de lazer e turismo são medidas incluídas no plano de ação que «assenta no diálogo entre vários atores no território», incluindo os três municípios, assinalou o presidente anfitrião, Alexandre Almeida. «Chegámos a um ponto que há muito esperávamos, depois de muitos estudos e ouvidas as pessoas no terreno», disse o autarca de Paredes.
Por seu turno, o presidente da associação de municípios, José Manuel Ribeiro, que lidera a Câmara de Valongo, elogiou o empenho dos quadros técnicos dos três municípios e de outras instituições, nomeadamente universidades, na elaboração do plano de gestão do parque.
José Manuel Ribeiro acentuou que o documento apresentado decorre de um conjunto de estudos técnicos prévios que a associação desenvolveu nos últimos meses, em parceria com vários especialistas, que permitiram conhecer o território, nas suas diferentes facetas.
«Nos primeiros anos investimos em conhecimento e agora num plano de gestão. Quando tivermos o corpo técnico no território, esse vai ter conhecimentos», referiu, aludindo aos estudos já realizados.
A arquiteta Teresa Andresen, que apresentou o plano, falou de uma área com 6.000 hectares que vai beneficiar de medidas de cariz transversal e outras mais locais, mas todas concertadas entre os três municípios e envolvendo outras entidades, a pensar na prevenção dos incêndios, preservação do património, atividades de recreio e qualidade de vida para quem vive no parque. «Isto não é um plano de natureza regulamentar, é um plano que orienta a gestão», acentuou a técnica.
A assembleia-geral serviu também para a passagem de testemunho na presidência da associação de municípios, que passa a ser liderada por Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, cumprindo a regra da rotatividade no exercício daquele cargo.
A construção de um passadiço, junto ao rio Ferreira, entre o parque de lazer da Senhora do Salto, um ponto de interesse geológico, e o Castelo de Aguiar de Sousa, monumento da Rota do Românico, no concelho de Paredes, é um dos projetos previstos, no contexto das ações a realizar no parque nos próximos anos.
Fonte: Lusa