Politécnico de Bragança leva aos produtores de castanha avanços científicos

Confagri 12 Jan 2018

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vai instalar 21 campos experimentais em todo o Norte de Portugal para transferir para o terreno os avanços científicos no combate às pragas do setor da castanha.

Trata-se de uma das ações do projeto “TRANFER+.TEC.CASTANHA”, que foi esta sexta-feira apresentado ao setor, em Bragança, e que foi contemplado com meio milhão de euros do programa Norte 2020 para a «transferência de conhecimento científico e tecnológico da fileira da castanha para o setor empresarial», a partir da região onde se concentra a maior parte da produção nacional deste fruto seco, concretamente nos concelhos de Bragança e Vinhais.

Uma das ações previstas de maior envergadura, como explicou hoje o responsável, Albino Bento, é a instalação, em propriedades agrícolas particulares, de 21 campos experimentais, desde o Minho a Trás-os-Montes, que vão fazer demonstrações das técnicas e tecnologia que existem ao dispor dos agricultores e simultaneamente controlar as pragas do castanheiro, como a vespa, tinta ou cancro.

«Esses campos experimentais vão ser instalados em propriedades de agricultores e preveem a aquisição de meios como o parasitóide contra a vespa, produtos contra o cancro, aplicação de medidas de luta contra a doença da tinta, contra o bichado e gorgulho da castanha», explicou.

Estes campos, que vão já começar a ser instalados, «servirão para atividades de demonstrações para nas ações de formação também se poderem mostrar as técnicas e ao mesmo tempo ajudar a controlar as pragas», segundo ainda o responsável.

«São campos de demonstração das práticas: como se devem fazer o tratamento contra o cancro do castanheiro, contra a tinta, vão servir como campos de demonstração para depois os agricultores poderem copiar e fazer igual», concretizou.

O politécnico de Bragança promoveu hoje o seminário de lançamento do projeto que visa a «transferência de conhecimento e tecnologia para as empresas» e que «abrange toda a fileira da castanha, com foco nas doenças e pragas, mas também na conservação e transformação da castanha».

O projeto contempla também outras atividades como o levantamento das necessidades das empresas agroindustriais e do setor agrícola e «63 ações de disseminação do conhecimento dirigidas para os agricultores».

«Vamos andar nos próximos dois anos pelas aldeias, pelos municípios, fazendo ações de sensibilização e formação para os agricultores», indicou Albino Bento, apontando o início das mesmas para março.

De acordo com o investigar, que é também presidente do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos, sediado em Bragança, «os agricultores normalmente participam» nestas ações e o projeto vai «contar com um conjunto de parceiros que vão mobilizar os agricultores», nomeadamente as juntas de freguesia.

O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, lembrou que «muitas vezes a queixa que há entre o mundo do conhecimento e da investigação e o mundo real é que não há ligação» e «este projeto vai exatamente fazer isso».

«Vai procurar fazer com que aquilo que foi investigado possa agora ser implementado, em conjugação com as associações de agricultores e com os próprios investigadores», sustentou.

Fonte: Lusa

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