Portugal aparece entre os melhores no relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEMA) sobre a qualidade das massas de água europeias. A qualidade das águas subterrâneas portuguesas oscila entre os 75 e os 100 por cento, sendo que apenas seis países atingiram o topo dos 100 por cento. Também no que toca à qualidade química das bacias hidrográficas, Portugal volta a estar no topo quando comparado com os países da Europa central.
Na península Ibérica, a zona norte é a que tem melhor qualidade de água, desde a Galiza até aos Pirenéus, sendo que em Portugal, a melhor água é na região norte do país e no Algarve. A zona interior sul é a que apresenta piores resultados a nível nacional.
Segundo relatório, os países europeus têm feitos «esforços notáveis» na melhoria da qualidade de água e cumprem os objetivos mínimos para atingir o nível de «bom estado». No entanto, e apesar da melhoria registada na qualidade da água de muitos rios, lagos e massas subterrâneas, a AEMA alerta para as ameaças que existem na qualidade a longo prazo, tais com contaminação, a construção de barragens ou a extração excessiva.
Apesar de considerar que a maioria dos lençóis de água subterrâneos estão em boas condições, só 40 por cento dos lagos, rios, estuários e águas costeiras vigiadas conseguiram o estado ecológico de “bom” ou “muito bom”, segundo a diretiva-quadro da água da União Europeia (UE) entre 2010 e 2015.
E ainda, só 38 por cento das massas de água superficiais vigiadas a nível europeu apresentam bom estado químico, segundo as normas europeias, sendo que o principal contaminante é o mercúrio. Também o Cádmio, um químico utilizado nos fertilizantes, é um dos elementos mais comuns.
Esta é a segunda vez desde 2012 que a AEMA avalia a água dos Estados-membros da UE. Para chegar a estas conclusões foram analisados o controlo de salubridade de mais de 130 mil massas de água superficial e subterrânea.
Fonte: SOL