«Desde 2005, Portugal já reduziu em mais de 20 por cento as suas emissões de gases com efeitos de estufa» afirmou o ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, em declarações à agência Lusa após a conferência anual do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), subordinada ao tema «Sociedade 5.0: O desafio das Sociedades Inteligentes Sustentáveis», em Lisboa.
Acrescentando que «o País tem um conjunto de compromissos já muito estruturados em termos daquilo que é o futuro da neutralidade carbónica e a evolução para uma economia circular», o ministro referiu que, para Portugal cumprir as metas previstas pela União Europeia, é preciso investir mais dois mil milhões de euros até 2050.
João Pedro Matos Fernandes disse que foi, sobretudo, este desafio que veio fazer aos participantes da conferência, além de reafirmar a disponibilidade do Governo para partilhar as responsabilidades quanto a obstáculos que venham a colocar-se aos promotores de riqueza.
Até 2030, Portugal quer chegar aos 80 por cento na produção de eletricidade com recurso a fontes renováveis e aos 35 por cento de eficiência energética no consumo de energia.
Afirmando que o Governo quer uma economia que cresça, não apenas a partir de indicadores financeiros, mas também da utilização de energias de baixo carbono (hipocarbónicas), que são menos poluentes para o ambiente, o ministro disse: «Crescer significa regenerar recursos num mundo hipocarbónico».
As energias de baixo carbono emitem menos gases tóxicos para a atmosfera comparadas com as fontes fósseis, sendo menos poluentes, logo, uma forma de combater as alterações climáticas.
João Pedro Matos Fernandes acrescentou que esta procurou, sobretudo, «discutir o papel que a sociedade de informação pode ter numa sociedade mais justa e sustentável do ponto de vista ambiental», e que é necessária uma visão «mais além do que os problemas da tecnologia e soluções que oferecem».
Sublinhando que a transformação necessária para que o mundo seja neutro em carbono passa muito pelas empresas privadas, o ministro concluiu: «Estão aqui muitas empresas portuguesas comprometidas com estas matérias que, obviamente, nunca se conseguem desligar do seu dia a dia, mas estão a fazer um caminho no sentido da descarbonização».
Fonte: portugal.gov.pt