A primeira federação acional de entidades gestoras florestais foi constituída em Mogadouro, tratando-se de um organismo que agrega sete distritos e que vai gerir cerca de 123 mil hectares de floresta, anunciou hoje fonte ligada ao processo.
«Temos o interesse demonstrado de outras entidades que pretendem juntar-se à federação, num processo que está agora no seu início e quer, no menor espaço de tempo, cobrir todo o território nacional», disse à Lusa, o presidente da Federação Nacional de Entidades Gestoras de Zonas de Intervenção Florestal (enZIF), Armando Pacheco.
Nesta primeira fase, a federação conta já com o envolvente de 17 entidades gestoras de florestas em distritos como o de Bragança, Vila Real, Viseu, Portalegre, Santarém, Lisboa e Évora.
O objetivo, segundo os responsáveis pelo novo organismo, é fazer com que o Estado olhe para a as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) «com olhos de ver», para valorizar e proteger as florestas.
«A floresta que está abrangida pelas ZIF tem um plano de gestão, o que torna mais fácil a proteção da floresta contra os incêndios ou até mesmo pragas», indicou o responsável.
Dar uma maior dinâmica às ZIF é umas das preocupações, já que são organismos que nasceram vocacionados para a organização e proteção florestal.
«Há zonas de intervenção florestal que foram criadas e nunca funcionaram. Agora, pretende-se dar nova vida a estes organismos, para assim programar o futuro das florestas no nosso país, para que não esteja sempre depende da abertura de avisos do Estado, para obtenção de financiamentos», enfatizou o dirigente.
A enZIF pretende contribuir para a limpeza das florestas, onde haja planos de gestão ativos, para assim prevenir catástrofes a médio e longo prazo e ajudar a criar riqueza para o país, a partir de «uma boa gestão florestal».
«Já foi pedido à tutela que nos ajude a criar condições para gerir um território sem incêndios ou outras catástrofes», frisou Armando Pacheco.
Para os responsáveis pela nova federação florestal, a criação de ZIF, poderá trazer majorações aos proprietários, o que até aqui não acontecia.
«Pedimos ao Governo que sejam criadas, como mais rapidez, estas zonas de intervenção e que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas seja mais célere na apreciação da documentação, para o efeito», vincou o dirigente.
Fonte: Lusa