O governo russo decidiu respeitar a opinião da Organização Mundial do Comércio e levantar o embargo sobre as exportações de carne de porco da União Europeia, em vigor desde fevereiro de 2014.
A União Europeia levou o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC) e esta decidiu em agosto de 2016 que o veto russo não respeitava as normas da OMC, mediante o registo de solução de controvérsias DS475 – “Medidas sobre a importação de porcos vivos e outros produtos de origem desta carne da União Europeia”.
Apesar do levantamento do embargo, os exportadores comunitários não vão poder reiniciar as suas exportações, tendo em conta os dois embargos sobre estas, o sanitário, agora levantado e outro político, que teve início em agosto de 2014, como consequência da crise com a Ucrânia e que foi prorrogado até 31 de dezembro de 2018.
Esta questão política não afeta apenas o setor da carne de porco, mas também outros produtos como a carne de bovino, lacticínios e frutas e hortícolas procedentes da União Europeia (UE), dos Estados Unidos da América (EUA), Canadá, Austrália, Noruega, Ucrânia, Albânia, Montenegro, Islândia e Liechtenstein.
O embargo sanitário era dirigido às explorações de produção de porcos, incluindo animais vivos, carne fresca, congelada e refrigerada, gordura e produtos derivados, entre outros, com exceção dos tratados com calor, com pelo menos 72 graus durante 30 minutos.
O veto político, no caso da carne de proco, afetava inicialmente apenas a carne, pelo que esperava-se que com o levantamento do embargo sanitário fosse possível exportar gordura, manteiga, despojos e animais vivos. No entanto, não será possível tendo em conta que a Rússia em outubro passado decidiu ampliar a lista de produtos incluídos no embargo político.
Fonte: Agrodigital
