As primeiras estimativas do Copa-Cogeca sobre cereais na União Europeia dos 28, publicadas esta quarta-feira, mostram que a superfície cultivada é 1,4 por cento inferior ao nível do ano passado, alcançando 54,9 milhões de hectares.
Os agricultores são afetados por fenómenos climáticos extremos, como a grave seca em Portugal e Espanha e inundações em zonas do norte da Europa. A oferta supera a procura pelo sexto ano consecutivo, o que coloca os preços de mercado abaixo dos custos de produção. O Copa-Cogeca defende que para reduzir os custos de produção é necessário eliminar as tarifas sobre as importações de fertilizantes.
Em relação às estimativas para as sementes oleaginosas, o Copa-Cogeca prevê uma superfície estável, apenas 0,2 por cento inferior ao ano anterior até os 11,78 milhões de hectares. No entanto, os preços são baixos, também devido à grande oferta mundial e às elevadas existências. O Copa-Cogeca insta ainda a Comissão a implementar um imposto compensatório sobre as importações de biodiesel provenientes da Argentina.
A área de culturas proteaginosas também permanece muito estável em 1,1 milhões de hectares, cerca de menos 0,4 por cento, segundo o Copa-Cogeca, com diminuições em alguns países tendo em vista a proibição de produtos fitossanitários em Superfícies de Interesse Ecológico (Greening).
A União Europeia enfrenta um défice no fornecimento de proteaginosas, razão pela qual o Copa-Cogeca apoia a iniciativa da Comissão de apresentar uma informação sobre a estratégia de culturas proteaginosas antes do final do ano, sublinhando os seus claros benefícios ambientais em termos de redução de emissões de gases com efeito de estufa, benefícios para a biodiversidade e para melhorar a qualidade do solo.
CS
Fonte: Agrodigital