Vasco Cordeiro diz que Portugal deve “cerrar fileiras” na defesa da PAC e Política de Coesão

Confagri 30 Jan 2018

O presidente do Governo dos Açores defendeu que é tempo de Portugal cerrar fileiras em defesa da Política Agrícola Comum e da Política de Coesão, após uma reunião com o negociador-chefe da Comissão Europeia para o “Brexit”.

«O problema não é apenas dos Açores. O que temos neste momento é uma situação em que, simultaneamente, a União Europeia perde recursos e quer aumentar despesas. Perde recursos por esta via, quer aumentar despesas com novas políticas, como as relativas às migrações e ao Sistema Europeu de Defesa. Qual a consequência que poderá daqui resultar? Pode haver cortes na política de coesão e na Política Agrícola Comum (PAC)», respondeu Vasco Cordeiro, quando questionado sobre como a saída do Reino Unido da União Europeia poderia afetar a região autónoma.

Para o presidente do Governo dos Açores, que se reuniu, em Bruxelas, com o negociador-chefe da Comissão Europeia para o “Brexit”, Michel Barnier, na qualidade de presidente da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas da Europa (CRPM), a questão é nacional, porque, em 2016, 90 por cento dos fundos que o país recebeu foram legitimados pela política de coesão e pela PAC.

«E se quiser ter um quadro mais impressivo dessa realidade, se for ver o Acordo de Parceria para 2014-2020 verá que 99 por cento dos fundos que o país pode receber têm a ver com essas duas políticas. Isso dá bem nota da urgência e da importância desta questão», completou. Vasco Cordeiro defendeu que todas as diligências que possam ser feitas para acautelar o impacto do “Brexit” são «bem-vindas».

«Naturalmente que o Governo português tem a sua estratégia relativamente a este assunto, mas o que eu gostaria era de deixar esta ideia: em primeiro lugar, que a importância deste assunto não tem a ver apenas com regiões, nem com os Açores, quando 90 ou 99 por cento dos fundos têm a ver com estas políticas. O tempo é claramente de cerrar fileiras em defesa dessas duas políticas», sublinhou.

O presidente da CRPM explicou que, na reunião com Michel Barnier, foi debatido o impacto direto que algumas das regiões-membro desta associação, nomeadamente o Pays de la Loire e a Normandia (França) e a Andaluzia (Espanha), sentem ou podem vir a sentir em virtude do “Brexit”, e o impacto indireto nos recursos financeiros para o próximo quadro comunitário em «políticas fundamentais para as regiões», como é o caso da Política de Coesão.

«Há uma ideia que me parece clara que é a de manter os mecanismos de cooperação e colaboração. A questão coloca-se mais em relação ao futuro, pós-2020, e, sobretudo, numa situação em que se torne claro que o Reino Unido passará a ser um país terceiro. Há algumas questões e dúvidas que se colocam em termos de calendário», apontou.

Vasco Cordeiro disse ainda que aquilo que resultou da reunião, na qual transmitiu a disponibilidade da CRPM para partilhar a sua experiência de cooperação com países terceiros, foi «uma grande lucidez e consciência da parte de Barnier para estas matérias».

Fonte: Lusa

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