Viana Castelo dá 200 mil árvores para reflorestar 2.222 hectares de faixas de gestão

Confagri 02 Abr 2019

A Câmara de Viana do Castelo vai oferecer este ano aos proprietários de terrenos florestais mais de 200 mil árvores autóctones para reflorestar 2.222 hectares de faixas de gestão de combustível.

Ricardo Carvalhido, vereador do Ambiente, explicou que as árvores que o município está a disponibilizar se destinam a reforçar as faixas de gestão de combustível, para proteger «os aglomerados populacionais, edificados isolados e rede viária florestal, num total de 2.222 hectares, definidos no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios».

«Não queremos só que os proprietários façam a limpeza dos seus terrenos, mas que plantem espécies arbóreas mais resilientes, mais diversificadas e nativas, criando cortinas contra a progressão dos incêndios», esclareceu.

O vereador do Ambiente, que falava nos viveiros municipais, durante a entrega dos primeiros exemplares a proprietários florestais do concelho, no âmbito do projeto “Reflorestar com Identidade”, referiu que o período de entrega das mais de 200 mil árvores vai fazer-se em duas fases, até 31 de abril e a partir de 1 outubro, por serem «as mais indicadas para a plantação». Além dos conselhos diretivos de baldios, o projeto «foi alargado aos proprietários florestais».

De acordo com Ricardo Carvalhido, «115 mil árvores nativas, entre pinheiros-manos, sobreiros, medronheiros e bétulas, são provenientes de uma candidatura do município ao programa Norte 2020 e mais de 80 mil carvalhos foram criados nos viveiros municipais».

O regulamento do projeto entrega as árvores mediante a apresentação da caderneta predial do terreno, que tem de estar inscrito no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios.

Além de “provar” a propriedade dos terrenos, os interessados têm de indicar a área a reflorestar, sendo que o município assegura apoio, através do Gabinete Técnico Florestal (GTF).

Cada proprietário poderá candidatar-se a um limite máximo de uma árvore por cada 30 metros quadrados, até um máximo de 300 plantas, ficando obrigado a assegurar a necessária manutenção. «O objetivo não é dar por dar. Queremos fazer algo bem feito pela floresta», frisou.

Este projeto integra-se no Ano Municipal para a Recuperação da Floresta Nativa Portuguesa, que pretende reflorestar as Áreas de Recuperação Ecológica (ARE). As ARE integram zonas ardidas e áreas classificadas, estas últimas compostas por 13 monumentos naturais locais, assim classificados devido ao valor científico que têm para a geodiversidade, sendo alguns também relevantes do ponto de vista da biodiversidade, sítios de importância comunitária da Rede Natura 2000.

Já no dia 12 de abril será realizada a recuperação ecológica das ínsuas do rio Lima. A ação contará com a parceira de 50 professores e investigadores do Instituto para a Bio-Sustentabilidade da Universidade do Minho.

«O que se pretende é remover as manchas de vegetação infestante, essencialmente acácias e erva das pampas, que impedem a vegetação natural, o tojo e urze, de se desenvolverem», explicou.

Ricardo Carvalhido sublinhou que aquele instituto «é um dos parceiros fundamentais do desenvolvimento do território de ciência e de conhecimento, e tem em fase de arranque, em parceria com a Câmara de Viana do Castelo um projeto para o ordenamento florestal do concelho, nomeadamente uma carta de ocupação de solos com recurso ao sinal infravermelho de imagens de satélite».

Fonte: Lusa

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