Viana declara 2019 ano municipal pela defesa da floresta e planta 115 mil árvores

Confagri 07 Mar 2019

A Câmara de Viana do Castelo declarou 2019 como ano municipal pela defesa da floresta e vai recuperar 100 hectares de Área de Recuperação Ecológica com a plantação de 115 mil árvores de espécies nativas até dezembro.

«Este ano municipal vem reforçar a aposta do município na defesa da floresta e na literacia para a floresta. Temos de dar mais resiliência à nossa floresta para enfrentar os incêndios. É um património genético que é nosso e que temos o dever de proteger e cuidar», afirmou o vereador do Ambiente, Ricardo Carvalhido.

O responsável, que falava em conferência de imprensa para apresentação das duas dezenas de ações previstas durante o Ano Municipal para a Recuperação da Floresta Nativa Portuguesa, explicou que a recuperação incidirá nas Áreas de Recuperação Ecológica (ARE), que integram áreas ardidas e zonas classificadas.

Ricardo Carvalhido especificou que o concelho tem «quatro mil hectares de ARE», onde se inserem as áreas ardidas e 13 monumentos naturais locais, assim classificados devido ao valor científico que têm para a geodiversidade, sendo alguns também relevantes sob o ponto de vista da biodiversidade, sítios de importância comunitária da Rede Natura 2000.

Serão promovidas cinco plantações, em março, outubro, novembro e dezembro, de pinheiros, salgueiros, azinheiras, gilbardeiras, medronheiros, pilriteiros, entre outras espécies nativas portuguesas, também designadas indígenas ou autóctones e que integram o «fundo genético do concelho».

Aquelas ações, explicou Ricardo Carvalhido, contarão com a participação dos sete agrupamentos escolares do concelho, com um universo de 10 mil alunos, e com a colaboração de «10 a 12 empresas».

O primeiro trabalho de recuperação decorreu, em dezembro, no Monumento Natural da Ribeira de Anha, assim classificado pela autarquia, em 2016, e já este mês, nos baldios de Carvoeiro e São Lourenço da Montaria, tendo sido plantadas entre seis a sete mil árvores.

Além da plantação, a iniciativa «envolve os participantes na vigilância e controlo do reaparecimento de espécies invasoras e no acompanhamento do crescimento das espécies nativas introduzidas».

O vereador do Ambiente destacou o «papel importante» dos conselhos diretivos dos baldios «parceiros fundamentais na preparação dos terrenos para as plantações, efetuando o abate e remoção de invasoras lenhosas».

Ricardo Carvalhido adiantou que a próxima ação prevista projeto hoje apresentado, acontecerá entre os dias 18 e 22, com a oferta aos municípios de árvores nativas portuguesas. «Na próxima semana será divulgada a forma como as árvores serão disponibilizadas», especificou.

Em abril, destacou a realização do primeiro encontro dos baldios de Viana do Castelo, para «partilha de boas práticas» e a realização de reuniões trimestrais com os conselhos diretivos, sendo que em maio, será promovida a apresentação pública do Plano de Gestão e Controlo das espécies invasoras lenhosas em áreas classificadas.

O programa inclui ainda “workshops”, ações de formação e sensibilização, ateliês, palestras e exposições. O chefe de divisão de recursos naturais da autarquia, José Paulo Vieira, também presente no encontro com os jornalistas, adiantou que o horto municipal «tem vindo, desde há alguns anos a produzir árvores para a floresta» do concelho.

«Nos nossos viveiros estão prontas para serem plantadas 10 mil árvores autóctones», reforçou, apelando à necessidade de «sensibilizar a população do concelho para a mudança da estrutura da floresta».

«A maior parte da floresta é privada e, portanto, temos de chegar aos proprietários. A floresta tem que ser compartimentada com espécies autóctones, mais resistentes aos incêndios. Não pode continuar a existir um contínuo de eucaliptos, senão estamos sujeitos a um grande incêndio», reforçou.

Fonte: Lusa

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