Como viver com menos plástico? Esta é uma pergunta que o mundo enfrenta diariamente e para a qual vão surgindo algumas respostas, sendo necessário aprofundar outras.
Esta é precisamente a pergunta de partida da conferência “Vive(r) com menos plástico”, que vai ter lugar na sexta-feira, 22 de fevereiro, no auditório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa.
Esta conferência tem lugar depois de publicado no final de 2018 o quadro legal que criou um sistema de incentivo à devolução de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis e de depósito de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais ferrosos e alumínio.
Todavia, esta lei carece ainda de regulamentação, estando o Governo a «dar início aos trabalhos preparatórios, num processo colaborativo com as principais partes interessadas», de acordo com o comunicado do gabinete do Secretário de Estado do Ambiente.
É assim relevante «aprofundar o modelo de gestão de sistemas já adotados noutros países europeus, pelo que participação entidades públicas e privadas da Noruega e da Áustria, partilhando a sua experiência e conhecimento neste domínio», segundo o mesmo documento.
A comissão europeia também vai marcar presença na conferência «para apresentar o ponto de situação desta iniciativa, a diretiva sobre Plásticos de Uso Único e perspetivas futuras, face à introdução de importantes medidas, nomeadamente a eliminação de determinados itens de uso único, regras específicas para a conceção de embalagens e a introdução de metas de recolha seletiva para determinadas embalagens de plástico e a adoção de sistemas de depósito».
Na conferência também serão apresentadas as conclusões do relatório final elaborado pelo grupo de trabalho do Ministério do Ambiente e da Transição Energética (MATE), «no que se refere à implementação de medidas para promover a inovação e substituição de matérias-primas, bem como a crescente substituição de plástico descartável e o aumento da percentagem de reciclagem do plástico», de acordo com o MATE.
O evento vai contar com a participação do ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes, do secretário de Estado do Ambiente Carlos Martins, do secretário de Estado da Defesa do Consumidor João Torres, ou do responsável da direção-geral do Ambiente da Comissão Europeia, Paulo Lemos. Também vão participar diversas responsáveis de empresas, de associações setoriais ou da sociedade civil.
Fonte: jornaleconómico