Xylella fastidiosa avança em Portugal. Gondomar também está na área demarcada

Confagri 04 Mar 2019

A praga do olival, amendoeira, vinha, cerejeira e ameixeira, entre outras culturas, chegou a Portugal. Depois de ter sido detetada em lavanda, chegou agora ao alecrim, à artemisia e à planta-espelho, também em Vila Nova de Gaia. Mas, saliente-se, a doença não chegou ainda a Portugal, apenas o inseto vetor.

A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) está atenta e a atua e já colocou três freguesias do concelho de Gondomar na área demarcado, com o Plano de Contingência Nacional para combater Xylella fastidiosa acionado.

Relembre-se que, a 3 de aneiro de 2019 foi confirmada a presença da bactéria Xylella fastidiosa numa sebe ornamental de Lavandula dentata (lavanda) presente no jardim do Zoo de Santo Inácio, em Vila Nova de Gaia.

A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte) logo determinou a destruição de todas as plantas de Lavandula dentata presentes na zona infetada. Entretanto, o ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, já fez saber que os Ministérios da Agricultura de Portugal e Espanha estão juntos no combate à Xylella fastidiosa.

A DGAV informa ainda que a bactéria Xylella fastidiosa, à semelhança de outros agentes patogénicos que afetam as plantas, não constitui nenhum risco para pessoas e animais.

Explica o Ofício Circular nº 7/2019, da DGAV, que, na sequência da primeira deteção, a 3 de janeiro, da presença da bactéria Xylella fastidiosa subsp. multiplex numa sebe ornamental de Lavandula dentata, em Vila Nova de Gaia, e da «subsequente prospeção intensiva, a decorrer na área circundante, para determinação da extensão do foco, foram detetados contaminados, no mesmo local, outros três canteiros de Lavandula dentata, bem como, dois canteiros de Lavandula angustifólia, todos eles constituídos a partir de plantas de duas sebes originais plantadas lado a lado».

Adianta aquele Ofício que, ainda, a cerca de um quilómetro do foco inicial, em resultado dos trabalhos de prospeção, foram detetadas plantas infetadas de três espécies de ornamentais: Rosmarinus officinalis, Artemisia arborescens e Coprosma repens, localizadas num viveiro não comercial. «Prosseguem os trabalhos de prospeção na área, incluindo em todos os espaços públicos do Concelho de Vila Nova de Gaia», garante a DGAV.

«Face a estas deteções foi redefinida a “Área Demarcada” que compreende as duas “Zonas Infetadas”, incluindo todas as plantas hospedeiras da subespécie da bactéria que se encontram num raio de 100 metros em redor das plantas contaminadas, e uma “Zona Tampão” circundante de cinco quilómetros de raio», explica o mesmo Ofício.

Face a este avanço do inseto vetor da Xylella fastidiosa, a DGAV realça as seguintes medidas de proteção fitossanitária em vigor:

Destruição no local dos vegetais hospedeiros da subespécie da bactéria presentes na “Zona Infectada” incluindo a área abrangida pelo raio de 100 m circundantes;

  • Proibição do movimento para fora da “Área Demarcada” e da ““Zona Infectada” para a “Zona Tampão” de qualquer vegetal pertencente aos géneros e espécies constantes da “Lista de Géneros e Espécies sujeitos a Restrições Fitossanitárias” disponível na página eletrónica da DGAV;
  • Prospeção oficial intensiva dos vegetais constantes dessa lista na “Área Demarcada” com inspeção visual, colheita de amostras e análise laboratorial.
  • Proibição de plantação dos vegetais hospedeiros da bactéria na “Zona Infetada”, exceto sob condições de proteção física contra a introdução da bactéria pelos insetos vetores, oficialmente aprovadas.

Mais uma vez, a DGAV insta a todos, particulares ou profissionais, a colaborarem com os esforços oficiais para a erradicação dos focos detetados, designadamente através do cumprimento das restrições ao movimento de plantas suscetíveis à doença a partir da zona demarcada e da pronta informação aos serviços oficias em caso de deteção de sintomatologia suspeita em plantas.

Fonte: Agricultura e mar Actual

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