Os agricultores ameaçam sair do CAR Alqueva – Conselho para o Acompanhamento do Regadio de Alqueva.
Em causa está o novo modelo de governança de gestão da água, que dizem ter sido imposto pela EDIA, assim como a escolha do seu interlocutor com os homens da terra, acuações que a EDIA refuta.
Luís Mira Coroa, em representação da CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas, recorda o que se passou no CAR – Alqueva realizado em março deste ano, em Beja, em que esteve Capoulas Santos, assim como aquela que foi a opinião transmitida ao Governo sobre o modelo de governança apresentado, em que a EDIA faz a gestão da água dos perímetros de rega, até 2020.
Luís Mira Coroa, da CONFAGRI, que integra o CAR – Alqueva, prosseguiu denunciando o facto, dos agricultores terem sido notificados, por carta, por parte da EDIA, para a apresentação do novo modelo de governança e dos agricultores não terem sido ouvidos na escolha do representante do mediador com a empresa. Luís Mira Corôa fala em imposição, «mentiras» e diz que se esta situação não for revertida, que os agricultores saem do CAR – Alqueva.
A Voz da Planície ouviu o presidente do Conselho de Administração da EDIA sobre estas acusações e José Pedro Salema confirmou que foram enviadas cartas para fazer reuniões com os agricultores, em cada perímetro de rega, no sentido de ser explicada a ideia do ministro da Agricultura sobre a gestão, e preço, da água do Alqueva, reuniões que tiveram participação reduzida. José Pedro Salema refuta as acusações efetuadas, frisando que nada está a ser imposto e que o representante eleito é provisório.
Fonte: Voz da Planície