Fonte: 24.sapo.pt
Para falar sobre a questão da alimentação nesta crise de saúde pública, esteve também presente na conferência Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
“Em Portugal têm sido desenvolvidas muitas medidas para combater a progressão desta pandemia, muitas destas medidas são informativas”, disse, acrescentando que, no meio da crise, “também se adensa a desinformação”, como por exemplo “soluções milagrosas para o fortalecimento do sistema imunitário”.
“Não existem nem superalimentos nem suplementos capazes de prevenir ou até mesmo combater a Covid-19 através do fortalecimento do sistema imunitário”, começou por explicar. “A verdade é que a alimentação equilibrada é fundamental para assegurar o adequado funcionamento do sistema imunitário, mas deixem que vos diga: o sistema imunitário agradece que fiquem em casa e que comam saudavelmente”.
Neste sentido, a DGS publicou recentemente um guia dedicado à alimentação em tempos de Covid-19.
Alexandra Bento deixou ainda vários alertas. “Compre apenas o que precisa, tenha um comportamento moral e não açambarque alimentos. Não haverá falta de alimentos, a cadeia de abastecimento de produtos alimentares está a funcionar”, frisou.
No que diz respeito à dieta a ser seguida, a Bastonária referiu que “devemos privilegiar alimentos frescos, em detrimento de alimentos com muito sal, muita gordura ou muito açúcar. Os hortícolas e as frutas frescas, crus ou cozinhados, devem constituir a base das refeições diárias”, principalmente no que diz respeito a produtos da época, locais, e que tenham maior durabilidade.
Apesar de não haver evidência que prove que os alimentos são um veículo de propagação do novo coronavírus, foi referido que é necessário “reforçar as boas práticas de higiene e de segurança alimentar”.
A Bastonária dos Nutricionistas referiu ainda que a Ordem se disponibilizou para criar uma bolsa de especialistas para auxiliarem os lares, dada a situação de risco dos idosos.