APATA reivindica a ajuda do Governo para fazer face aos prejuízos causados pelo mau tempo

Confagri 09 Mar 2018

Os produtores olivícolas e florestais do Douro Superior reivindicam a ajuda do Governo para fazer face aos prejuízos causados pelo mau tempo da semana passada.

De acordo com a Associação de Produtores Agrícolas, Florestais e Ambientais (APATA), foram afetados cerca de um milhar de hectares de olival e 1,5 milhares hectares em montados.

O presidente da APATA, Armando Pacheco, diz que são visíveis “quebras dos galhos de milhares de árvores como as oliveiras mais jovens, que não aguentaram o peso provocado pela acumulação da neve e do gelo”. Os prejuízos avultados vão repercutir-se na produção deste ano e em futuros, pois as “as árvores vão levar tempo a recuperar”.

Segundo os técnicos da APATA, os montados existentes no território também foram muitos afetados pelo mau tempo. “Milhares de árvores ficaram com os ramos partidos, não só as mais novas, mas também as de mais idade”, sublinha Armando Pacheco.

“Esta situação acarreta prejuízos já que o sobreiro é uma espécie nobre para a economia regional e o mau tempo deixa mazelas a longo prazo, e que será preciso cuidar para que as árvores não padeçam de doenças que as podem matar”, explica.

Os produtores temem que muitas das oliveiras e sobreiros, assim como outras espécies de árvores de fruto e florestais possam não sobreviver.

“Há doenças que possivelmente vão entrar nas árvores, através dos cortes e rachadelas provocados pelo mau tempo” refere o dirigente agrícola, e, por isso, os olivicultores solicitam apoios para “aquisição de fungicidas que possam ajudar a proteger da entrada de fungos as feridas causadas pelos cortes”.

Os produtores florestais pedem ao Governo o alargamento por um mês do prazo para a poda dos sobreiros, que se estende até ao final do mês de março.

“Restam poucos dias para se poderem recuperar e corrigir os ramos afetados pela intempérie, para que as árvores possam ter de novo o seu alinhamento natural, já que o sobreiro é uma espécie protegida por lei “, conclui Armando Pacheco.

A Associação de Produtores Agrícolas, Florestais e Ambientais representa mais de um milhar de agricultores nos concelhos de Mogadouro, Miranda do Douro e Alfândega da Fé.

Fonte: Renascença

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