O peso da região Alentejo na produção nacional de azeite subiu de 75 por cento, na campanha 2016-2017, para 78 por cento, na campanha 2017-2018.
O volume de produção nacional de azeite referente à campanha 2017-2018, deverá situar-se entre as 125 mil e as 130 mil toneladas, estima o Gabinete de Planeamento, Políticas (GPP) e Administração Geral, através do Sistema Sistema de Informação do Azeite e Azeitona de Mesa (SIAZ). Este número é alcançado mediante extrapolação do volume de azeite extraído pelos 137 lagares inquiridos nesta análise para a totalidade dos lagares em laboração no país.
Segundo o GPP, o inquérito aos lagares de azeite na campanha de produção 2017-2018 cobriu uma amostra de 141 lagares que, nas últimas campanhas, representaram 90 por cento da produção total nacional deste produto. Os resultados apresentados reportam-se a 137 lagares que responderam ao inquérito.
Ainda sobre o volume de produção atingindo, a entidade esclarece ainda que se deve a uma conjugação de fatores, nomeadamente ter sido um ano de safra; bem como, o facto de a seca meteorológica, que se prolongou ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento vegetativo dos olivais, ter reduzido em extremo a ocorrência de pragas e de problemas fitossanitários. Destaca-se ainda o facto de o olival de sequeiro estar bem adaptado à escassez de água; de se ter registado aumentos da área de olival intensivo e superintensivo em produção, nomeadamente na região Alentejo, de olival de regadio, bem como da quantidade total de azeitona colhida e laborada nos lagares.
O GPP dá ainda nota de que a seca meteorológica, já referida, proporcionou a redução do teor de água nas azeitonas e o aumento do teor de gordura nas mesmas. O rendimento médio das azeitonas oleificadas foi elevado, de 16,2 por cento e significativamente superior aos rendimentos das últimas campanhas.
Os resultados deste inquérito mostram que o peso da região Alentejo na produção nacional de azeite subiu de 75 por cento, na campanha 2016-2017, para 78 por cento, na campanha 2017-2018. Em contrapartida, o peso da região Norte desceu de 15,5 para 11 por cento.
Fonte: jornaleconómico