Campanha da azeitona em Trás-os-Montes e Alto Douro melhor do que o esperado

Confagri 21 Nov 2017

A campanha da azeitona em Trás-os-Montes e Alto Douro está a contrariar as expetativas de catástrofe devido à seca, com quebras inferiores às esperadas e quantidades de azeite semelhantes ao ano anterior.

O ponto da situação foi feito à agência Lusa por Emanuel Batista, técnico da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro (AOTAD), que há dois meses antevia uma má campanha com quebras na produção do azeite na ordem dos 70 por cento.

Depois de iniciada a campanha e feito um levantamento no terreno, o técnico adiantou que se está a constatar que o rendimento, quantidade de azeite extraída do fruto, até está ligeiramente acima do normal para a época e acrescentou que a quebra na produção rondará os «15 por cento», enquanto na azeitona ficará nos «3º por cento». «O que estávamos a pensar há dois meses melhorou porque a azeitona, quando se começou a ressentir da seca, já estava em crescimento», explicou.

A azeitona que está a ser apanhada na região, que é a segunda maior produtora portuguesa de azeite, «tem menos água», mas «mais gordura» e nos lagares o rendimento obtido está «dois por cento acima do normal para a época».

Isto significa, como explicou o técnico, que por cada 100 quilos de azeitonas estão a ser obtidos 17 quilos de azeite, quando a média normal do início da campanha ronda «os 15 quilos de azeite».

«Isto é bom», enfatizou Emanuel Batista, porque, acrescentou, o rendimento acaba por compensar a menor quantidade de azeitona.

A campanha prolonga-se até 20 de dezembro e a associação antevê que a azeitona «pouco mais pode evoluir», mesmo com chuva, até porque as geadas, que já se tornaram rotina na região, impedem que o fruto se desenvolva mais.

A região de Trás-os-Montes e Alto Douro produz uma média de «80 milhões de quilos de azeitona» por ano e «17 mil toneladas de azeite».

Na atual campanha, a AOTAD estima quebras de 30 por cento na azeitona e de 15 por cento no azeite, vincando que no que toca ao azeite «dado o rendimento que está a ser obtido, vai ser semelhante à campanha anterior».

Quanto à qualidade do azeite, «é ótima», com todas as características que distinguem o produto desta região: «muito frutado, os aromas, picante», entre outras.

Fonte: Lusa

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