O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, disse à Rádio Campanário que o Governo «fica muito surpreendido» com o discurso alarmista utilizado por ambientalistas e partidos em relação ao impacte ambiental da agricultura intensiva no Alqueva.
Questionado pela Rádio Campanário sobre a visão do governo em relação a esta matéria, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural relembra que «Portugal não é o maior produtor de azeite» e enumera países como França, Espanha, Itália ou Grécia que produzem mais e onde «não há nenhum dado cientifico que justifique» tais afirmações.
Segundo o titular da pasta da agricultura «hoje há muito menos fitofármacos e produtos químicos na atividade agrícola» e que quando comparados com os utilizados no passado «são muito menos tóxicos».
Ao Ministro Capoulas Santos causa «uma grande estranheza» as afirmações proferidas sobre a agricultura no Alqueva, e sublinha que só se não for feita nenhum tipo de agricultura é que não há nenhum tipo impacte e relembra que «as pessoas não conseguem viver sem produtos agrícolas».
Por outro lado, o governante sublinha que a agricultura em Portugal «faz-se de acordo com as regras nacionais e comunitárias da União Europeia, que são as mais rigorosas do mundo».
Para o responsável o discurso alarmista é «algumas vezes absurdo e contraditório», exemplificando uma das questões levantadas relacionadas com a falta de biodiversidade, afirmando que «os mesmos que dizem isso são os mesmos que dizem que a apanha da azeitona mata muitos pássaros», e questiona se «o olival acaba com a biodiversidade, como é que depois há um problema da mortandade elevada nos pássaros?».
O ministro associa a campanha contra o olival intensivo «a tantas outras que aconteceram no passado daqueles que eram contra o Alqueva e que são contra que se faça qualquer tipo de agricultura» e atribui a mesma «àqueles que são contra o desenvolvimento agrícola desta região».
Fonte: Rádio Campanário