Clima de negócios e sentimento económico diminuem na zona euro, mais em Espanha e Alemanha

Confagri 29 Abr 2019

O abrandamento da zona euro está a afetar as maiores economias e principais parceiros económicos de Portugal. Espanha, Alemanha, França e Itália são onde mais cai o sentimento económico.

O clima de negócios piorou na zona euro 0,12 pontos em abril face a março, fixando-se nos 0,42 pontos segundo dados da Comissão Europeia, o valor mais baixo desde agosto de 2016.

A avaliação dos empresários sobre o histórico de produção, as expectativas de produção, a carteira de encomendas e a disponibilidade de produtos para entrega piorou de março para abril, segundo a Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia. No sentido contrário, melhorou a avaliação da carteira de encomendas de exportações. Bruxelas divulga apenas dados para a zona euro neste indicador.

O indicador de sentimento económico também apresentou uma redução significativa, tanto na zona euro como na União Europeia. Segundo a Comissão Europeia, esta diminuição deve-se à queda na confiança na indústria, no retalho e, em menor grau, na construção e entre os consumidores. O setor dos serviços mantém-se inalterado.

O indicador de sentimento económico diminui nas quatro maiores economias da zona euro. Em Espanha, o maior parceiro comercial de Portugal, o sentimento económico diminuiu 2,6 pontos, na Alemanha (maior economia da zona euro) diminui 1,5 pontos, já em França e Itália, segunda e terceira maior economia do euro, caíram 1 ponto.

Estes números refletem um abrandamento maior que o esperado no final do ano passado e que tem levado estas economias, e as principais instituições internacionais, a reverem as suas previsões individuais e para o conjunto da zona euro.

O mesmo aconteceu com Portugal, que no Programa de Estabilidade reviu a previsão de crescimento económico para este ano de 2,2 por cento para 1,9 por cento, citando o abrandamento da economia da zona euro como principal justificação, precisamente porque a reorientação para uma economia portuguesa mais dependente das exportações a deixa também mais vulnerável a mudanças no ciclo económico na economia do euro, onde estão os principais parceiros comerciais das empresas portuguesas.

Fonte: ECO

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