As abelhas e outros polinizadores, como borboletas, morcegos e beija-flores, estão cada vez mais ameaçados pelas atividades humanas, alerta novamente a Organização das Nações Unidas, no Dia Mundial da Abelha, assinalado a 20 de maio.
A maioria das cerca de 30 mil espécies de abelhas contribui para a polinização das plantas. Tal como os outros polinizadores, permitem que muitas plantas, incluindo culturas alimentares, se reproduzam. Assim, contribuem diretamente para a segurança alimentar, são essenciais para a conservação da biodiversidade e também servem como sentinelas para riscos ambientais emergentes, sinalizando a saúde dos ecossistemas locais, alerta a Organização das Nações Unidas (ONU).
Para aumentar a consciência sobre a importância dos polinizadores, as ameaças que enfrentam e a sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a ONU designou 20 de maio como o Dia Mundial da Abelha, data que foi assinalada pela primeira vez em 2018. A data coincide com o aniversário de Anton Jansa, pioneiro em técnicas modernas de apicultura que evidenciaram, no século XVIII, a capacidade de trabalho das abelhas.
Segundo a ONU, os polinizadores não apenas ajudam a garantir a abundância de fruta, nozes e sementes, mas também a sua variedade e qualidade, o que é crucial para a nutrição humana. Além da alimentação, os polinizadores também contribuem diretamente para o desenvolvimento de medicamentos, biocombustíveis, fibras como algodão, linho e materiais de construção.
A polinização é um processo fundamental para os ecossistemas terrestres, para a produção de alimentos e para a subsistência humana. O processo liga diretamente os ecossistemas selvagens aos sistemas de produção agrícola.
A maioria das 25 mil a 30 mil espécies de abelhas são polinizadoras efetivos e juntamente com mariposas, moscas, vespas, besouros e borboletas compõem a maioria das espécies polinizadoras. Há também polinizadores de vertebrados, incluindo morcegos, mamíferos não-voadores, como várias espécies de macacos, roedores, lémures, esquilos, beija-flores, algumas espécies de papagaios e outros pássaros.
A compreensão atual da polinização mostra que, embora existam relações específicas entre as plantas e os seus polinizadores, a abundância e a diversidade de polinizadores garante que o processo seja saudável.
Um conjunto diversificado de polinizadores, com diferentes características e respostas às condições ambientais, também é uma das melhores maneiras de minimizar os riscos das mudanças climáticas. A sua diversidade garante que há polinizadores eficazes não apenas para as condições atuais, mas também para as condições futuras. Como resultado da biodiversidade, a resiliência pode, portanto, ser construída em agroecossistemas, explica a ONU.
Fonte: sapo.pt