Douro apresentou plano com 25 medidas para combater alterações climáticas

Confagri 20 Jul 2018

A Comunidade Intermunicipal do Douro apresentou esta quinta-feira, em Tabuaço, um plano de combate às alterações climáticas com 25 medidas prioritários a implementar em cerca de uma década, para mitigar as consequências neste território vinhateiro e classificado pela UNESCO.

O Plano de Ação Intermunicipal para as Alterações Climáticas no Douro (PAIAC Douro) quer contribuir para o aumento da resiliência e a mitigação dos riscos neste território da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM) Douro, que junta 19 municípios.

«Quisemos perceber o panorama do nosso território, ainda para mais quando esse panorama assenta maioritariamente na agricultura que depende diretamente do que o clima nos traz», afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Tabuaço, Carlos Carvalho. O autarca realçou a «vertiginosa mudança que se vai verificando a olho nu».

Na região já se notam alterações a nível do clima. No ano passado foi a seca extrema e este ano as trovoadas com granizo e as chuvas fora de tempo, em junho e julho, estão a criar condições para a propagação de doenças que afetam a vinha, que é a principal fonte de rendimento deste território.

Pretende-se, no fundo, que a região seja «conhecedora dos potenciais impactos das alterações climáticas» e «capaz de transformar os seus desafios em oportunidades para o desenvolvimento social, económico e ambiental do Douro».

«Este plano aponta um conjunto de ações a implementar num espaço temporal de aproximadamente dez anos. A maior parte destas ações passa pela necessidade de aumento do conhecimento sobre estas questões, a monitorização da evolução no terreno, a sensibilização e aspetos relacionados com a governança», afirmou Ricardo Almendra, geógrafo que ajudou a elaborar o documento.

O plano elenca 25 ações a implementar no território. Algumas dessas medidas assentam na investigação de novas práticas agrícolas mais adequadas às condições climáticas e disponibilidade hídrica, na implementação de medidas para a proteção dos solos, em ações de sensibilização sobre a poupança de água, em estudos sobre as barragens existentes e a construção de novas barragens ou o desenvolvimento de um programa para o aproveitamento das águas pluviais.

Elenca ainda a implementação de planos de contingência para ondas de calor e de prevenção, monitorização e contingência para situações de seca para a região do Douro, a criação do “Sistema de Alerta, Gestão e Monitorização de Catástrofes (SAGMC) do Douro” e o desenvolvimento de um guia de boas práticas de construção e reabilitação sustentável.

Ricardo Almendra apontou a necessidade de uma coordenação de esforços entre «os diferentes atores regionais e pela formação e sensibilização dos técnicos municipais» e adiantou que os planos diretores municipais devem «refletir um conjunto de opções que visam compatibilizar com a nova realidade».

Fonte: Lusa

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