Economia portuguesa abranda no terceiro trimestre do ano

Confagri 30 Nov 2017

A economia portuguesa abrandou no terceiro trimestre deste ano, tendo crescido 2,5 por cento em termos reais face a igual período de 2016, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

Tinha registado uma expansão de três por cento no trimestre precedente. Há 15 dias, o Instituto Nacional de Estatística (INE) tinha estimado exatamente este valor. A compra de carros e a construção voltam a puxar bem pela economia, mas como as importações crescem muito, a economia perde algum fulgor.

O INE mostra, por exemplo, que Portugal tem vindo a registar taxas de crescimento homólogas cada vez maiores desde o início de 2016. Mas essa tendência foi agora interrompida. Segundo informa o instituto no novo destaque sobre contas nacionais, registou-se uma «aceleração do consumo privado e um abrandamento do investimento».

«O contributo da procura externa líquida foi negativo, contrariamente ao registado no trimestre anterior, refletindo a desaceleração em volume das exportações de bens e serviços e a aceleração das importações». O consumo das famílias acelerou para 2,5 por cento, 1,9 por cento no 2º trimestre, tendo o consumo público invertido a tendência, crescendo uns ligeiros 0,2 por cento neste terceiro trimestre, -0,6 por cento no trimestre anterior.

O investimento continua a crescer bem, mas desacelerou ligeiramente, passando de um crescimento homólogo de 10,1 por cento no 2º trimestre para 9,6 por cento agora, diz o INE. Mais compras de carros, mais construção A compra de carros voltou a ser o grande motor da economia portuguesa, puxando ao mesmo tempo pelas importações, sendo que estas acabaram por crescer mais depressa do que as exportações, roubando valor ao Produto Interno Bruto (PIB).

O facto de o investimento também ser muito feito com recurso a bens e serviços importados ajudou a essa dinâmica. As despesas de consumo das famílias registaram uma expansão significativa de 8,1 por cento no terceiro trimestre, 4,5 por cento no 2º trimestre «devido à aceleração da aquisição de automóveis», explica o INE. A construção «foi a componente que mais contribuiu» para o aumento do investimento fixo no 3º trimestre, tendo avançado oito por cento em termos reais, ligeiramente menos do que no trimestre anterior, 10 por cento

O investimento em máquinas também está a andar bem, mais 13,2 por cento. Importações disparam mais de oito por cento. Tudo isto faz com que a procura interna seja, de novo, o motor do crescimento. O seu crescimento homólogo, de 3,2 por cento no terceiro trimestre, é o maior desde meados de 2015. No entanto, o INE repara que o contributo da procura externa líquida foi negativo, -0,8 pontos percentuais (p.p.), «contrariamente ao registado no trimestre anterior (0,2 p.p.), refletindo a desaceleração em volume das exportações e a aceleração das importações».

As exportações «registaram um crescimento menos intenso no 3º trimestre, passando de uma variação homóloga de 7,9 p.p. no 2º trimestre para 6,8 pontos agora. Já as importações aceleraram de 7,1 por cento para 8,1 pontos. Isso faz com que o saldo comercial perca dimensão face há um ano. Segundo o INE, o saldo externo de bens e serviços «situou-se em 0,9 por cento do PIB nos dois últimos trimestres».

Era 1,2 por cento do PIB no 3º trimestre de 2016. Pausa na convergência com a Europa Com aquele crescimento do PIB de 2,5 pontos, o processo de convergência real da economia portuguesa com a europeia e da zona euro é interrompido no terceiro trimestre deste ano, mostram dados do Eurostat. Isto é, o país já não está a crescer acima do ritmo europeu. Cresce igual. Desde meados do ano passado que Portugal era mais dinâmico, mas esse ciclo agora terminou, aparentemente.

Esta dinâmica relativa face à Europa é muito importante para o ministro das Finanças, Mário Centeno, e para a política económica e orçamental, da forma que é concebida, uma vez que é fundamental para reduzir o peso do défice e da dívida pública.

Fonte: dinheirovivo

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