Espumantes e indicações geográficas vão impulsionar exportações europeias de vinhos

Confagri 19 Dez 2018

Depois de uma década de quebras, a produção total de vinho da União Europeia deverá estabilizar no próximo ano. A previsão é do Boletim de Previsões Agrícolas da União Europeia para a próxima campanha e indica que o consumo de vinho na União Europeia deverá cair e que as exportações vão manter-se a um ritmo de crescimento estável, impulsionadas pelas indicações geográficas e pelos espumantes.                                

De acordo com o documento, em 2018, a produção de vinho total da União Europeia (UE) deverá atingir os 168 milhões de hectolitros (hl), mais dois por cento do que a média dos últimos cinco anos. Itália, França e Espanha serão os maiores impulsionadores deste aumento, contabilizando em conjunto 80 por cento da produção. Espera-se ainda uma recuperação do consumo per capita na campanha de 2018/2019, prevendo-se um aumento para 26 litros per capita que, segundo, a UE, será impulsionado «pela crescente popularidade de vinhos espumantes e mais leves» e «pelo aumento de consumo de vinhos graças ao crescimento económico nos países de Leste».

O Boletim de Previsões Agrícolas da União Europeia indica ainda que, à data da última análise 2016, existiam na zona comunitária 450 mil produtores de vinho, um número que representa uma quebra de 22 por cento face a 2005. Ainda assim, importa referir que apesar do número de produtores estar a cair, a área dedicada à produção de vinho caiu apenas três por cento, uma percentagem que a UE atribui à reconversão de vinhas antigas.

O estudo diz também que as exportações de vinhos europeus cresceram cerca de dois por cento na última década, atingindo um total de 24 milhões de hectolitros em 2017/2018.

De acordo com a UE, existe, sobretudo, uma procura crescente por vinhos com indicação geográfica e por vinhos espumantes. Enquanto as exportações de vinhos tranquilos da UE cresceram cerca de 11 por cento nos últimos cinco anos, as exportações de espumantes aumentaram mais de 36 por cento, arrecadando 14 por cento do total das exportações da União Europeia em 2017/2018.

Os dados agora publicados pela União Europeia revelam ainda que, em 2016, nove por cento das vinhas europeias já eram produzidas em modo biológico, mais de 313 mil hectares (ha), com Itália a ganhar a corrida, com 15 por cento da área total de vinha, seguida de Espanha, com 11 por cento e de França, nove por cento.

Espanha é, no entanto, o país onde a aposta em vinho biológico mais cresceu, com as vinhas em modo biológico a aumentarem de cinco por cento em 2010 para 11 por cento em 2017, para um total de 107 mil hectares. De acordo com os números da UE, em 2016, os vinhos biológicos espanhóis atingiram um total de 3,3 milhões de hectolitros, uma produtividade de cerca de 30hl/ha.

Fonte: Vida Rural

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