A maioria dos consumidores, cerca de 65,6 por cento, compra produtos portugueses frequentemente e quase metade, 48,4 por cento gasta entre 51 e 75 por cento da sua despesa total mensal em produtos nacionais.
A conclusão consta do “estudo de notoriedade da marca”, elaborado pelo ISEG – Lisbon School of Economics & Management (CEGE), apresentado durante o II Fórum Portugal Sou Eu, no Centro de Congressos de Lisboa.
O estudo, realizado junto de 1.200 consumidores e apresentado por Helena Martins Gonçalves, do ISEG, revela que 84,5 por cento dos consumidores procuram a origem do produto e, destes, 76 por cento procuram a indicação da origem do produto ou um selo, 42,8 por cento.
«Os resultados são claros e apontam para um aumento, em comparação com o estudo feito em 2014, dos consumidores que compram produtos portugueses frequentemente, 65,6 por cento em 2017 e 62,4 por cento em 2014 e dos que tentam comprar produtos portugueses sempre que existam, 68,6 por cento em 2017 e 58,7 por cento em 2014», avança o estudo.
De acordo com o documento, a preocupação do consumidor em relação à origem continua a ser maior nos produtos alimentares, com 94,6 por cento para os azeites e vinhos e mais de 80 por cento nas frutas, legumes, pão, pastelaria, peixe, carne e derivados e queijos.
A satisfação com os produtos portugueses registou um aumento, com 92,8 por cento dos consumidores inquiridos a manifestarem-se satisfeitos. O estudo diz ainda que a qualidade prevalece sobre o preço em quase todas as categorias, com destaque para os bens alimentares.
Em relação aos gastos, 48,4 pontos percentuais (p.p.) dos consumidores inquiridos afirma que gasta entre 51 a 75 p.p. da sua despesa mensal total em produtos portugueses, contra 41,6 pontos em 2014.
Os motivos que conduzem à compra da produção nacional revelam que 89 por cento acreditam que estão a criar emprego, 87 p.p. a ajudar Portugal a ser uma economia forte, 78 por cento a apoiar as empresas nacionais e 77 por cento a ajudar a melhorar o défice.
O programa “Portugal Sou Eu”, lançado em 2012 pelo Governo, conta com a adesão de cerca de 1.700 empresas, que qualificaram mais de 5.700 produtos, representando um volume de negócios agregado superior a 6,5 mil milhões de euros e mais de 46 mil postos de trabalho.
Cerca de 68 por cento dos produtos aos quais foi atribuído o selo “Portugal Sou Eu” pertencem aos setores da alimentação, bebidas, agricultura e pescas.
Fonte: Lusa