Estudo: Produtores de milho adaptaram-se às alterações climáticas.

Confagri 12 Nov 2018

Existe uma preocupação generalizada de que o aquecimento global tenha um forte efeito negativo no rendimento das colheitas. Uma pesquisa recente publicada no Proceedings of National Academy of Sciences sobre o rendimento histórico de milho em todo o “Cinturão de Milho” dos Estados Unidos sugere que uma continuação da tendência de produção dependerá de um clima estável e de ajustes contínuos do agricultor.

E é isso mesmo que os agricultores estão a fazer. A adaptar-se. Plantam mais cedo e têm sementes mais resistentes. Com a pesquisa, os investigadores pretendem encontrar padrões que ajudem os agricultores a prever o impacto das alterações climáticas.

Esta pesquisa, conduzida por Ethan Butler, associado de pós-doutoramento no Departamento de Recursos Florestais da Faculdade de Alimentos, Ciências Agrícolas e Recursos Naturais da Universidade de Minnesota e os seus colegas da Universidade de Harvard e da Universidade da Califórnia, analisaram como o clima e a gestão influenciaram o aumento dos rendimentos da cultura do milho.

No geral, a pesquisa mostra que os agricultores se adaptaram às mudanças climáticas históricas. A combinação de mudanças no clima, principalmente a diminuição das temperaturas mais quentes e os ajustes do agricultor, incluindo o plantio e o plantio mais cedo de variedades mais maduras, aumentaram as tendências de rendimento do milho em 28 por cento desde 1981.

A pesquisa também sugere que os ajustes feitos pelos agricultores aumentaram os rendimentos mais do que teriam na ausência das mudanças no clima. Segundo os investigadores «os agricultores provaram ser hábeis em se adaptar às mudanças ambientais, mas esses benefícios podem desaparecer num clima mais quente». «Queríamos incluir o agricultor na imagem de como a mudança climática afetará as culturas», diz Ethan Butler.

«Às vezes, parece que a mudança climática é uma força que vai atrapalhar o nosso modo de vida. Nesta pesquisa, mostramos que os agricultores já fizeram ajustes para alinhar melhor as suas práticas de plantio às mudanças climáticas, e esperamos fazer um guia para futuras mudanças», acrescenta o investigador.

«Uma das maiores decisões dos agricultores é o que plantam e quando plantam», diz Butler, realçando que «os agricultores estão a plantar mais cedo, não apenas porque têm sementes mais resistentes e melhor maquinaria, mas também porque o clima está a ficar mais quente».

Esta pesquisa foi financiada pela Fundação Packard, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e pela National Science Foundation. 

Mais informação sobre o estudo aqui

 

Fonte: Agricultura e Mar Actual

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