As exportações de vinho italiano registam, com um aumento de sete por cento em valor, um recorde histórico e, se a tendência se manter até o final do ano, em 2017 alcançam pela primeira vez os seis milhões de euros, situando o vinho no primeiro posto das exportações agroalimentares da Itália.
Este aumento das exportações acontece num ano de quebra das vindimas em 26 por cento frente ao período homólogo anterior e sendo uma das mais precoces e escassas pós-guerra.
Em 2017, em relação ao ano anterior, as vendas para o exterior assinalaram um crescimento em valor de seis por cento para os Estados Unidos da América (EUA) que é o principal cliente, três por cento para a Alemanha, o segundo destino e oito por cento para o Reino Unido, que mantém a terceira posição apesar das negociações relativas ao Brexit.
Em termos de aumento percentual, os melhores resultados, com um saldo de 47 por cento, foram obtidos na Rússia, onde o vinho é um dos poucos produtos agroalimentares italianos não afetados pelo bloqueio russo. Também verifica-se um crescimento de 25 por cento para a China, onde a presença permanece muito limitada em relação aos seus concorrentes franceses, que este ano também superaram a Itália no mercado dos Estados Unidos.
Entre as novidades deste ano observa-se um histórico retorno do vinho à mesa dos italianos, com um aumento recorde das compras das famílias, impulsionado principalmente pelos vinhos de Denominação de Origem, mais cinco por cento, de Indicação Geográfica Protegida, mais quatro por cento e espumantes, com mais seis por cento, no primeiro semestre.
O consumo médio me Itália desceu nos últimos 30 anos até tocar o mínimo histórico com 33 litros por pessoas ao ano. Esta descida foi travada mas o consumo permanece muito inferior ao de França, com 45 litros.
Fonte: Agrodigital