As cotações do trigo nos Estados Unidos da América subiram ligeiramente a semana passada, apesar dos elementos negativos que trouxe a informação de previsões do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América.
Pelo contrário, o trigo Matif (bolsa de Paris) registou quedas devido às más expetativas das exportações por um euro muito forte frente ao dólar, de acordo com a avaliação de Toño Catón, diretor de Culturas Arvenses de Cooperativas Agroalimentarias.
Por outro lado, a falta de água na Argentina e o atraso da colheita no Brasil já se faz notar no mercado de soja. O Brasil vê uma oportunidade em que maiores exportações aliviem as tensões do seu mercado, sobretudo na farinha se soja, o produto que assinalou a maior subida na passada semana. Nos feijões, a China optou pelos preços superiores dos Estados Unidos da América (EUA) e não comprou ao Brasil.
Ao milho também chega o apoio do Brasil, tendo em conta que tanto nos EUA como na União Europeia (UE) persiste a dúvida em relação à quantidade de milho a cultivar. Esta incerteza impulsionou as exportações dos EUA, com dados em torno do dobro do esperado. Também ajuda que o preço do milho nos EUA se mantenha devido ao facto do Brasil equacionar reduzir o imposto de importação de etanol.
Em relação à colza, terminou a semana passada com picos, empurrada pela decisão do Parlamento Europeu em manter a taxa de incorporação do biodiesel de primeira geração. A eliminação progressiva do óleo de palma para 2021 também é um dado importante que beneficiará a colza. Os mercados nacionais deixam-se arrastar pelo cenário do mercado mundial.
Fonte: Agrodigital