Na semana passada, o mercado cerealista foi marcado por um acentuado aumento dos preços dos cereais e sem quaisquer elementos preocupantes, à exceção dos receios devido à seca nos Estados Unidos da América.
A seca nos Estados Unidos está a obrigar o mercado a antecipar a deterioração da sua produção e também devido a problemas que surgem em algumas zonas em consequência das inundações do rio Ohio, de acordo com a avaliação de Toño Catón, diretor das Culturas Arvenses das Cooperativas Agroalimentarias.
A Índia também reduziu a sua estimativa de produção de trigo para 97 milhões de toneladas, cujo número avançado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) é de 98,4 milhões. Na União Europeia, a Comissão Europeia voltou a baixar a estimativa de exportação de trigo para 24 milhões de toneladas, pelo que as existências finais sobem para 14,3 milhões.
Nas próximas semanas tudo indica que o clima seco na Argentina vai permanecer, com a produção a deteriorar-se. Cerca de 67 por cento da soja tem falta de água e para o milho prevê-se uma colheita muito menor que o ano passado, com uma descida de 32 para 34 milhões de toneladas esta campanha, frente às 41 milhões de toneladas em 2017. No Brasil, a ausência de precipitação facilita a colheita de soja.
O milho é empurrado pelo trigo. O milho francês vê-se beneficiado pela competitividade frente ao milho ucraniano, que cada dia está mais forte.
CS
Fonte: Agrodigital
