Jovens concebem o consumo de vinho fora das refeições, o que não acontece de uma forma generalizada com os mais velhos, que tendem a consumir vinho principalmente às refeições.
O consumidor português de vinho está disposto a gastar 2,5 vezes mais num vinho para consumo em ambiente social do que para consumo em casa. A conclusão é do estudo “Hábitos de consumo de vinho”, realizado no âmbito de um projeto da AESE Business School em parceria com a UTAD, que será apresentado esta terça-feira.
Segundo o estudo, a camada mais jovem concebe o consumo de vinho fora das refeições, o que não acontece de uma forma generalizada com os mais velhos, que tendem a consumir vinho principalmente às refeições.
«O consumo de vinho envolve socialização à refeição. É uma bebida que se consome na maioria das vezes acompanhado e principalmente no decorrer da refeição, realizando-se com maior frequência em casal, e quando fora destes termos, em família ou com amigos», sublinha o estudo.
Face aos valores médios gastos numa compra de vinho para «consumo habitual», a maioria das pessoas opta por vinhos que se encontram numa faixa entre os 5 euros e 9,99 euros, que corresponde a 42,38 por cento dos respondentes. Já 37,75 por cento, escolhe as suas opções entre os 2 euros e os 4,99 euros, formando no seu conjunto 80,13 por cento da amostra.
Por outro lado, observa-se um segundo cluster para a faixa de valores entre os 10 euros e os 19,99 euros, «que acaba por verificar a maior amplitude nas disparidades existentes entre valores médios gastos e estabelecimentos frequentados», em cerca de 47 por cento.
Já na faixa que contempla valores entre 19,99 euros e os 39,99 euros verifica-se que são principalmente consumidos nos restaurantes gourmet e restaurantes de hotel. Esta faixa de valores chega a representar quase 50 por cento dos respondentes que frequenta este tipo de estabelecimento. Na penúltima faixa que se apresenta, «mais de 40 euros», aí sim, a tendência verificada é transversal em qualquer que seja o estabelecimento, onde o número de pessoas disponíveis para despender uma quantia dessa natureza é consideravelmente menor, ainda que nos Restaurantes gourmet ultrapasse os 10 por cento dos respondentes, sublinham.
Fonte: jornal económico