No Comité de Recurso foi a votos a proposta da Comissão Europeia para autorizar o herbicida glifosato por um período de cinco anos.
Inicialmente as expectativas na votação neste Comité eram poucas e esperava-se que no final seria a Comissão a decidir, como em outras ocasiões, mas esta terça-feira a proposta conseguiu a maioria suficiente para ser aprovada.
Qinze dias antes, a nove de novembro, o Coité Permanente votou a proposta sem conseguir a maioria suficiente nem para aprovar ou rejeitar. Os países que na altura votaram a favor foram a República Checa, Dinamarca, Estónia, Irlanda, Espanha, Letónia, Lituânia, Hungria, Países Baixos, Suécia, Eslováquia, Finlândia, Eslovénia e o Reino Unido e hoje não mudaram a sua votação, como nem os que foram contra a mesma, nomeadamente, a Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Áustria, Grécia, Croácia, Chipre e Malta.
A balança moveu-se em direção ao prato da autorização pela mudança de voto da maioria de países que optaram pela abstenção na votação anterior. Alemanha, Bulgária, Polonia e Roménia, enquanto Portugal mente-se firme na abstenção.
As negociações decorreram ao longo de vários anos, durante os quais a Comissão reduziu as suas expetativas de tempo limite da autorização. De início apresentou uma proposta para 15 anos, em junho de 2016 reduziu para 10 anos e este mês de novembro voltou a aplicar uma nova redução, propondo cinco anos.
O Copa-Cogeca manteve a sua posição de autorização por 15 anos. Também a França, cujo ministro do Ambiente já alertou que não aprovaria qualquer proposta superior a três anos apesar da opinião do Ministro da Agricultura e do setor produtor.
Atualmente, a autorização do herbicida abrange uma prorrogação por 18 meses, a contar desde o dia 30 de junho de 2016, data que terminou a mesma.
Fonte: Agrodigital
