Os agricultores nacionais têm até ao próximo dia 15 de maio para preencher um formulário onde identificam necessidades de investimento relacionadas com equipamentos de captação, transporte e armazenamento de água e para abeberamento de gado. De acordo com o jornal Público, o Governo está a fazer o levantamento das necessidades, mas diz que é «prematuro» falar já em concessão de apoios.
A medida é uma resposta às «condições climatéricas verificadas em Portugal continental e a provável evolução para uma situação de seca agrometeorológica e hidrológica», diz a informação divulgada pelo Ministério da Agricultura.
A CONFAGRI, considerando o histórico da situação de seca agrometeorológica e hidrológica verificada no pretérito ano em Portugal Continental, com elevados prejuízos causados também nos setores da fruticultura e da viticultura, com as plantas a sofrerem de escaldão por incapacidade em combater as elevadas temperaturas por estas se encontrarem em stress hídrico, solicitou na passada sexta-feira, dia 5 de abril, ao Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, coordenador do Grupo de Trabalho de assessoria técnica à Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, que previsse igualmente o lançamento de um aviso para a identificação das necessidades especificas de investimento em captações e equipamentos de rega para as culturas permanentes.
Para avaliar estas necessidades, o ministério «disponibilizou, através das direções regionais de Agricultura e Pescas (DRAP), um formulário de identificação de necessidades, a preencher pelos agricultores” até dia 15 de maio. Depois disso, as direções regionais têm entre os dias 15 e 30 de cada mês de disponibilizar informação sobre a evolução da situação de seca nas respetivas regiões. A informação deverá «caracterizar a atual situação e a evolução dos recursos hídricos privados, das pastagens e forragens, culturas permanentes e temporárias», explica o Ministério da Agricultura.
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, já veio dizer que 2019 está a ser «anormalmente seco e quente», sublinhando que ainda é possível «garantir a normalidade do ano agrícola» na maior parte do país.
Em anexo: Comunicado
Fonte: vidarural