Incêndios: «Portugal não pode perder mais qualidade de solo»

Confagri 17 Jan 2018

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, disse que «Portugal não pode dar-se ao luxo de perder mais qualidade de solo» e tem de «andar depressa» em matéria de estabilização da emergência.

O secretário de Estado, que discursava na sessão de encerramento da conferência “Reinventar a Floresta, Reconstruir Oportunidades”, descreveu as várias políticas que estão a ser implementadas, frisando e apelando ao «empenhamento de todos».

«Tivemos cerca de 500 mil hectares ardidos em Portugal e a nossa preocupação foi a ideia de que a estabilização de emergência é uma ideia essencial para o país, isto é preservar recursos. Não nos podemos dar ao luxo de perder mais qualidade de solo. Temos de andar depressa. Não podemos continuar a permitir que o mundo da burocracia não permita agir no tempo certo em matéria de estabilização da emergência», disse Miguel Freitas.

O governante contou que no próximo dia 23 será dado «o primeiro passo para construir os contratos com as organizações de produtores florestais» e falou em «alteração profunda na relação entre o Estado e os baldios».

«Não nos conformamos com a ideia de que o Estado deve sair da gestão dos baldios. Queremos apoiar uma gestão profissional dos baldios», disse.

Quanto à fileira do pinho que está, disse, «a viver momentos muito difíceis», também durante esta semana será lançado o anúncio para a abertura dos parques de madeira que permitirão, garantir preço justo aos produtores. Segundo Miguel Freitas, o objetivo é evitar aumentar o “gap” em termos de importação de pinho em Portugal.

«Temos de dar respostas às questões mais importantes da floresta. Está a ser criada a diretiva sobre proteção da floresta. Pela primeira vez não haverá fronteira entre prevenção e combate. E pela primeira vez haverá tanto dinheiro para prevenção como para o combate», descreveu.

O governante também explicou que a criação de gabinetes técnicos intermunicipais será anunciada quarta-feira, sendo que esta medida obedecerá a uma «coerência territorial», sendo objetivo «coordenar os gabinetes municipais e eleva-los à escala intermunicipal».

Por fim, Miguel Freitas apontou que a tutela vai abrir concurso para que as comunidades intermunicipais criarem Brigadas de Sapadores Florestais e enumerou outras medidas como os programas de fogo controlado ou os apoios à silvopastorícia.

Fonte: Lusa

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