A Internet das coisas procura revolucionar a agricultura

Confagri 26 Fev 2019

 

Espera-se que, até 2022, mais de 28 mil milhões de dispositivos e conexões estejam conectados à Internet, e isso também inclui a agricultura, com a possibilidade de revolucionar essa indústria como a conhecemos na atualidade.

O uso da Internet e a sua projeção futura

De acordo com o website da RTP, 60 por cento da população mundial estará ligada à Internet até 2022, fazendo com que o tráfego da Internet seja maior nesse ano do que em toda a história até 2016. Este aumento inclui mais de 4.8 mil milhões de utilizadores e 28 mil milhões de dispositivos online.

Vale ressaltar que a grande parte desse aumento deve-se diretamente à indústria do entretenimento, relacionando-se com plataformas de vídeo como a Netflix, além de videojogos e multimédia. Nesta área, é possível encontrar consolas de videojogos e os seus respetivos conteúdos, bem como jogos e aplicações de entretenimento para smartphones, e até casinos online, como os avaliados pelo Galobonus.pt e que dispararam em popularidade nos últimos anos.

Além do entretenimento, o crescimento no uso da Internet também permite a conexão direta de sistemas de controlo, automação e monitorado remoto. É aí que a produção agrícola entra diretamente, num campo de estudo que já começa a dar resultados tangíveis.

A Internet das coisas e da agricultura

A “agricultura de estufa” é um conceito que está a ganhar popularidade, principalmente em contextos urbanos em que as condições climáticas são visivelmente adversas. Sobre isso, o sítio web Dinheirovivo.pt, dá um exemplo de inovação na automação da agricultura urbana, com o sistema GroLab, que permite controlar o ambiente das plantas através de sensores de diversas variáveis como luz, temperatura e humidade. Da mesma forma, a interconexão dos mesmos sensores e accionadores através da Internet, permite que os proprietários dessas fazendas urbanas alterem as condições da agricultura remotamente, através dos seus smartphones ou computadores. Esta ideia tornou-se um sucesso em países europeus como Espanha, Itália e o Reino Unido, e o seu uso urbano também tem aplicações industriais.

Holanda na vanguarda da agricultura de estufa

O país europeu, que é conhecido por seus belos campos de tulipas e os seus tradicionais sapatos de madeira, conseguiu se posicionar como o segundo maior exportador agrícola do mundo, graças à produção de estufa. Como apontado pelo sítio web DW.com, a inovadora agricultura da Holanda poderia ser a chave para alimentar o mundo em breve, porque através do cultivo realizado sob condições controladas, e a redução do uso de espaço, água e pesticidas, a agricultura de precisão da Holanda tornou-se a mais avançada do Mundo.

Através do uso de tecnologia de última geração totalmente interligada, incluindo sensores, sprinklers e lâmpadas de LED, é possível cultivar até 70 quilos de tomates por metro quadrado. Para fazer uma comparação, isso seria pelo menos 10 vezes maior que o rendimento médio de uma plantação em campo aberto na Espanha, enquanto utiliza 8 vezes menos água, e o uso de pesticidas químicos é quase que completamente descartado.

Embora o crescimento do uso da Internet tenha sido desenvolvido principalmente graças ao entretenimento, a inter-conectividade que o seu uso permite, serviu como uma alavanca para reinventar a agricultura tradicional em direção a um futuro online.

Fonte: Agricultura e Mar Actual

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