O Executivo anunciou a criação de uma linha de crédito de três milhões de euros para apoiar as organizações de produtores e cooperativas dos setores do vinho e da fruta.
O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, refere que a linha de crédito destina-se a «apoiar estas entidades por perdas de rendimento decorrentes da quebra do nível de comercialização devida à redução das colheitas dos associados».
Em causa estão perdas originadas pela vaga de calor que atingiu o país no início do mês de agosto. Esta vaga de calor provocou nalgumas culturas, como foi o caso da maçã, o chamado «escaldão», resultante das intensas temperaturas que se fizeram sentir. Outra cultura onde os efeitos do «escaldão» provocaram perdas de produção foi a da vinha.
Luís Vieira considerou que «esta medida complementa os apoios que já são dados a estas duas fileiras através do Sistema de Seguros de Colheitas e dos Fundos Operacionais, financiando a contratação do risco do “escaldão”, assegurando agora recursos financeiros que permitirão às organizações de produtores e cooperativas fazer face a possíveis reduções de atividade económica».
No caso dos produtores, o risco do «escaldão» é coberto pelos seguros, através do Sistema de Seguros de Colheitas. O sistema é apoiado pelo Ministério da Agricultura num montante anual global de 11,5 milhões de euros.
Para as Organizações de Produtores e Cooperativas, esta linha de crédito é garantida a três anos, com um período de carência de um ano, cujas regras de acesso serão definidas em portaria a publicar brevemente.
Fonte: portugal.gov.pt