OCDE ainda mais pessimista sobre a economia global revê crescimento da zona euro para 1%

Confagri 06 Mar 2019

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico reviu em baixa o crescimento da economia mundial para 3,3 por cento este ano, menos duas décimas do que na previsão de novembro. A instituição liderada por Angel Gurría está ainda mais pessimista sobre a expansão da economia da zona euro e estima um abrandamento do crescimento para 1 por cento, menos oito décimas do que em novembro.

Na atualização intercalar das previsões económicas, divulgada esta quarta-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipa para o próximo ano um crescimento da economia global de 3,4 por cento, apenas menos uma décima do que nas anteriores previsões, e da economia da zona euro de 1,2 por cento, menos quatro décimas face à previsão anterior. «A expansão global continua a perder força, com a elevada incerteza política, as tensões comerciais em curso e um declínio da confiança das empresas e dos consumidores», explica.

A revisão em baixa da OCDE está em linha com a das principais organizações internacionais que antecipam um desacelerar do crescimento económico global e da zona euro. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma expansão da economia global de 3,5 e 3,6 por cento, este ano e no próximo ano, e de 1,6 e 1,7 por cento para a zona euro, em igual período. Já o Banco Mundial está menos otimista e estima um crescimento de 2,9 e 2,8 por cento este ano e em 2020, e de 1,6 e 1,5 pontos percentuais (p.p.) na zona euro. No início de fevereiro, a Comissão Europeia (CE) também se mostrou mais pessimista sobre a expansão económica da zona euro, devido à incerteza global e reviu em baixo as estimativas de outono, prevendo um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,3 p.p. para este ano.

A instituição com sede em Paris sublinha que o crescimento do PIB foi revisto em baixa em quase todas as economias do G20, «com revisões particularmente grandes na zona euro em 2019 e 2020» e que os indicadores de confiança abrandaram significativamente nos países da OCDE, especialmente na zona euro e no Reino Unido, onde «o crescimento desapontou».

«Fatores temporários contribuíram para a fraqueza na Europa, como a interrupção do setor automóvel após novos testes de emissão de veículos. No entanto, as perspetivas de investimento das empresas também enfraqueceram, refletindo o declínio da confiança e a contínua incerteza política», destaca.

A OCDE explica ainda que o crescimento do comércio mundial desacelerou de forma significativa e que as restrições comerciais introduzidas no ano passado «são um obstáculo ao crescimento, investimento e padrões de vida, particularmente para as famílias com menores rendimentos».

«Mesmo na ausência de novas restrições comerciais, a desaceleração em muitas economias comerciais importantes – como a Alemanha, China, Reino Unido e Itália – está a contribuir para enfraquecer o crescimento dos parceiros comerciais na Europa e na Ásia, dada a importância como mercados de exportação e em cadeias de abastecimento regional», acrescenta.

No entanto, salienta que o mercado de trabalho a nível global continua «resiliente por agora» e que o crescimento dos salários está a aumentar lentamente, «apoiando os rendimentos e gastos das famílias».

Com o abrandamento do crescimento económico na zona euro, a OCDE quer novas medidas para reforçar a procura a curto prazo na zona euro e aumentar as perspetivas de crescimento a médio prazo.

«Uma ação coordenada, que envolva apoio fiscal e renovados esforços de reforma estrutural, juntamente com taxas de juro baixas, oferece as melhores perspetivas para restaurar o crescimento e melhorar os padrões de vida ao longo do tempo», refere.

Neste sentido, defende um pacote de medidas fiscais e estruturais, acompanhado de uma política monetária que mantenha as taxas de juro baixas por um período mais longo.

Fonte: jornaleconómico

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