Boa organização do setor explica aumento das exportações de vinho

Confagri 30 Nov 2018

A vitivinicultura é um setor bem organizado em Portugal que «não exige muito» das políticas públicas, disse o secretário de Estado da Agricultura, realçando a trajetória de crescimento das exportações de vinho nos últimos anos.

«O setor comportou-se de uma forma extremamente profissional», nos diferentes ciclos políticos, disse Luís Medeiros Vieira, em Coimbra, ao salientar que os enólogos «são os grandes obreiros da grande mudança» dos últimos 10 a 15 anos.

Por outro lado, o «excelente trabalho» do movimento associativo tem sido determinante para o aumento das exportações de vinhos nacionais diversos. A vitivinicultura constitui atualmente «um setor maduro» da agricultura e da economia nacionais, o que explica a tendência de crescimento das exportações.

Em 2017, Portugal alcançou o nono lugar entre os 10 principais exportadores de vinho do mundo, segundo dados atualizados das exportações apresentados no encontro pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).

Em volume, Portugal exportou cerca de três milhões de hectolitros no ano passado, o que em valor corresponde a 780 milhões de euros. Com 24 milhões de hectolitros de vinho colocados no mercado externo, a Espanha lidera a lista dos 10 principais exportadores mundiais quanto ao volume.

Mas a França liderou em 2017 em termos de valor, tendo chegado aos 9.101 milhões de euros. Os principais destinos do vinho português foram França, Estados Unidos da América e Reino Unido, totalizando 33 por cento das exportações.

Os bons resultados que o turismo tem vindo a registar, com o aumento do número de estrangeiros que visitam Portugal, ano após ano, têm contribuído para reforçar a promoção dos vinhos nacionais.

Luís Medeiros Vieira defendeu «o caminho da qualidade e da certificação» para que os vinhos venham a pesar ainda mais na economia e enquanto subsetor da agricultura que «tem tido um desempenho excecional» que é demonstrado pelos dados mais recentes do IVV. Na sua opinião, «não é preciso alterar muito as políticas públicas para o setor», ao qual dirigiu «uma palavra de confiança e tranquilidade».

No mercado nacional, por região de origem, os vinhos tranquilos (sem gás) certificados do Alentejo mantiveram a liderança, com quotas de mercado na ordem dos 40 por cento, segundo valores de setembro de 2017 e setembro de 2018.

Com quotas de mercado entre 9 e 19 por cento, surgem os vinhos tranquilos do Douro, Minho e Península de Setúbal, por ordem decrescente, de acordo com os dados apresentados por Maria João Dias, do IVV.

O Fórum Anual Vinhos de Portugal é uma iniciativa da ViniPortugal, Organização Interprofissional do Vinho de Portugal, cujo presidente, Jorge Monteiro, também interveio na sessão de abertura.

Fonte: Diário de Notícias

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