Plano de Regadios arranca no Alentejo. Reguengos de Monsaraz recebe primeiro bloco de rega

Confagri 01 Fev 2018

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, assinala na próxima sexta-feira, 2 de Fevereiro, em Reguengos de Monsaraz, o arranque do Plano Nacional de Regadios. O bloco de rega de Reguengos de Monsaraz é o primeiro a ser construído.

«O bloco de rega de Reguengos de Monsaraz vai receber água da Barragem de Alqueva, abrange cerca de 11 mil hectares de bons solos agrícolas e representa um investimento de 40 milhões de euros», explica, numa nota à Renascença, o município alentejano.

Garantir o acesso à água é «fundamental para aumentar a capacidade de produção e a competitividade da agricultura do concelho» que é «o grande motor da economia local, sobretudo o olival e a vinha», esclarece a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz.

Em Novembro do ano passado, o ministro Capoulas Santos anunciou que o Governo obteve luz verde para avançar com o Plano Nacional de Regadios. Trata-se de um investimento na ordem dos 400 milhões de euros para requalificar regadios ultrapassados e construir novos regadios beneficiando uma área total de 90 mil hectares.

De acordo com o governante, o plano vai ser financiado com verbas do Programa de Desenvolvimento Rural e com um montante de 260 milhões de euros resultantes de dois empréstimos concedidos por bancos europeus. O maior empréstimo, na ordem dos 180 milhões de euros, vai ser concedido pelo Banco Europeu de Investimento e o outro, de 80 milhões de euros, pelo Banco do Conselho da Europa.

Depois de duas décadas de obras, mais 15 anos a encher, Alqueva produz energia, abastece de água 200 mil habitantes dos distritos de Évora e Beja, rega 120 mil hectares e vai agora expandir-se para beneficiar mais quase 50 mil hectares de regadio.

Em ano de seca, Alqueva voltou a fazer jus aos intentos que estiveram na base da sua polémica e demorada construção. «Alqueva levou água às barragens mais pequenas, como estava previsto desde há muito, sendo algo que se concretizou nos últimos dois verões, em 2016 e em particular em 2017 onde o reforço foi fundamental para assegurar o abastecimento publico a Évora e Beja», confirmou, em declarações à Renascença, o presidente da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, José Pedro Salema.

«Não fosse esta situação e teríamos tido um verão muito complicado», acrescenta, pois «tivemos muitos dias de canícula e Alqueva permitiu que não se registassem situações dramáticas no sul do país, como a que aconteceu com a Barragem de Fagilde».

Na que diz respeito à agricultura, no regadio, José Pedro Salema salienta que este plano de alargamento «beneficia mais 50 mil hectares de áreas irrigáveis em torno do perímetro já servido».

O responsável pela empresa que gere o empreendimento de fins múltiplos refere que «são várias manchas» e exemplifica: «A área de Reguengos é a primeira, com mais 11 mil hectares, mas o alargamento vai acontecer também na área da Póvoa de São Miguel e Moura com mais dez mil hectares, Viana são cerca de cinco mil hectares, na zona de Évora mais três mil hectares, na zona da Vidigueira mais dois mil hectares, em Marmelar mais dois mil hectares, Cabeça Gorda, quatro mil e na zona de Vila Nova de São Bento mais 3.500 hectares». Em suma, diz o presidente da EDIA, «há toda uma rede primária que liga mais de 20 albufeiras no Alentejo e que vão ser reforçadas este ano».

Fonte: Renascença

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