Portugal ganha quota em volumes e valor

Confagri 09 Nov 2020

Fonte: portugalglobal.pt/Revista de Vinhos

As exportações portuguesas de vinhos cresceram 2,6% em volume no período internanual que vai de junho de 2019 a junho de 2020 (12 meses), com 296,3 milhões de litros vendidos.

Os números do Observatorio Español del Mercado del Vino (OeMv), que resultam da análise estatística de dados das alfândegas de mais de 80 países, estimam que, nesse período, Portugal ganhou quota em valor, como nono vendedor mundial, com cerca de 820 milhões de euros (+2,3%), e como oitavo fornecedor em volume (+7,4 milhões de litros vendidos), sendo o único país dos 11 maiores exportadores, juntamente com Itália, a aumentar as vendas. O preço médio por litro dos vinhos portugueses exportados nesse período manteve-se nos 2,77 euros/litro.

Resultado animador na presente conjuntura, ainda para mais tendo em conta, segundo o OeMv, que as exportações mundiais de vinho caíram em valor (-5,8%), em volume (-1,1%) e preço médio (-4,7%, passando de 3,10 para 2,95 euros/litro). Esta quebra, salienta o OeMv, verificou-se sobretudo no primeiro semestre de 2020. As exportações mundiais de vinho situaram-se nos 10.126,5 milhões de litros (-115,6 milhões) e nos 29.878,4 milhões de euros (-1.843 milhões). Todas as categorias de vinhos perderam valor, sobretudo aquelas de preços mais elevados – espumosos (-7,2%) e engarrafados (-5,9%) – e apenas o vinho a granel (+1,3%) cresceu em volume.

Os 11 fornecedores principais (Itália, Espanha, França, Chile, Austrália, Alemanha, Estados Unidos, Argentina, África do Sul, Portugal e Nova Zelândia) representaram quase 90% das exportações no interanual de junho de 2019/2020. 

O mundo no primeiro semestre

Porém, se nos ativermos à análise do período homólogo do primeiro semestre de 2020 face a 2019, verificamos que as exportações mundiais de vinho caíram mais de 235 milhões de litros (-4,7%) e 1.900 milhões de euros (-12,6%), ou seja, a quebra foi cerca de três vezes superior em termos de valor se comparado com o volume. O preço médio caiu -8,3%, passando de 3,01 para 2,76 euros/litro. As vendas globais situaram-se nos 4.782,3 milhões de litros e 13.180 milhões de euros.

No caso português, o primeiro semestre representou uma quebra de -0,7% face a igual período de 2019, com menos 2.496.768 milhões de euros faturados, obtendo um total de  365.893.604 euros em vendas. Em volume, a quebra foi de -0,8% (-1.149.664 litros), para um total de 141.874.663 litros transacionados. O preço médio, esse, manteve-se estável, nos 2,58 euros/litro.

Por categorias, Portugal caiu -4,8% e -7,4% em valor e preço médio, respetivamente, nos espumosos (4,76 euros/litro), apesar de crescer 2,8% em volume; nos vinhos engarrafados, cresceu 0,5% em volume mas caiu -1% em valor e- 1,5% no preço médio (cifrando-se nos 2,95 euros/litro). Nas categorias de menor valor, as exportações de Portugal cresceram 20,8% em valor, 7,2% em volume e 12,7% no preço médio (1,17 euros/litro) no que respeita ao bag-in-box; no granel e mais de 10 litros, as vendas do nosso país caíram -17,8% em volume, – 18,8% em valor mas elevaram o preço médio em 1,2%, para 0,78 euros/litro. As exportações de mosto permanecem residuais, cifrando-se nos 77 mil litros no primeiro semestre de 2020, mesmo com uma quebra de quase -25% face a igual período de 2019.

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