O Presidente dos Estados Unidos da América anunciou que «as guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar», referindo-se ao atual protecionismo na sua política com tarifas sobre produtos de países terceiros e que colmatou com a aplicação das taxas mencionadas ao aço e ao alumínio. Esta política tem prejudicado, sobretudo, parceiros históricos como o Canadá, México, Coreia do Sul, Índia, China, Turquia e a União Europeia, todos com um grande peso.
Os especialistas comerciais prevêem uma série de represálias que podem atingir o potencial agrícola dos Estados Unidos e que colocará em questão a ação de Donald Trump, uma vez que põe em risco a sobrevivência de 140 mil postos de trabalho que proporciona ao setor do aço e do alumínio, frente aos 2.200.000 agricultores que serão seguramente prejudicados pela sua política.
Também o rendimento agrícola norte-americano caiu para metade nos últimos quatro anos, a divida aumentou 25 por cento, o nível mais alto desdee a crise de 1980 e, para rematar, com esta política de protecionismo do aço a agricultura dos Estados Unidos será menos competitiva tendo em conta o reflexo da mesma na subida dos preços da maquinaria agrícola.
Outra notícia que mereceu a atenção dos mercados foi a informação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta quinta-feira, a qual destaca os “stocks” finais e resultados das colheitas de milho na Argentina e Brasil.
A Agência Reuters prevê uma redução da colheita de milho na Argentina de 39 milhões de toneladas (Mt) em fevereiro para 36,59 milhões em março e no Brasil a previsão também desce de 95 para 92,22 milhões de toneladas em março.
Os “stocks” mundiais finais passariam de 203,09 Mt em fevereiro para 199,36 Mt em março, quebrando a barreira dos 200 milhões caso se confirmem os dados. Em relação ao trigo, também é aguardada uma ligeira descida de existências de 266,10 Mt para 265,63 Mt no último mês.
CS
Fonte: Agrodigital