O secretário da Agricultura e Pescas da Madeira afirmou este domingo que mais de seis toneladas de cana-de-açúcar produzida nesta época estão apanhadas e que o rum madeirense «está no bom caminho».
«Estamos com mais de 60 por cento da cana apanhada e pelas nossas previsões são mais de seis mil toneladas», disse Humberto Vasconcelos no 3.º Festival da “Apanha da Cana” que decorreu na freguesia do Porto da Cruz, no concelho de Machico.
De acordo com o governante madeirense, existe «uma grande procura de rum e envelhecimento do rum» por parte dos engenhos, o que é fundamental para «garantir o escoamento» desta produção regional.
Salientando que o engenho do Porto da Cruz também veio «dinamizar turisticamente esta freguesia», o responsável sublinhou que é «uma área de negócio que tem crescido e está a ser importante do ponto de vista financeiro para todos os engenhos».
Humberto Vasconcelos também é importante para os agricultores o «preço ter-se mantido», anunciando que o processo da linha de crédito «está concluído» para em junho estar «de imediato disponível» a possibilidade dos responsáveis dos engenhos recorrerem à banca para pagar os produtores.
«Isto é importante, indo de encontro às expectativas dos produtos e facilitando o pagamento da cana, vamos fazer com que os produtores possam pagar os custos inerentes à apanha e transporte da cana para os engenhos», referiu.
No entender do governante insular, este é «um setor que está a correr muito bem ao longo destes três anos», salientando o trabalho que tem sido feito na «promoção e divulgação deste produto». Uma das apostas foi na criação do selo “Marca Madeira” que tem sido uma vantagem, além do trabalho junto das grandes superfícies que tem vindo a «valorizar o produto».
«O rum da Madeira está cada vez mais visto pelo mundo como um produto de qualidade», mencionou, recordando que os «maiores especialistas mundiais têm vindo a Madeira para fazer a degustação e têm achado que estamos no bom caminho».
Ainda destacou a aposta no envelhecimento do rum que tem sido feito com «uma qualidade acima da média, com utilização de barricas de várias proveniências». «O grande objetivo é que agricultor possa usufruir de maior rendimento com trabalho que estamos a fazer no seu escoamento e divulgação», concluiu.
Fonte: Lusa