Na campanha 2017/2018, a produção mundial de trigo atingiu 758,25 milhões de toneladas, um número que corresponde a mais 100 milhões de toneladas em relação aos últimos seis anos, com 657,94 milhões de toneladas em 2012.
Nas últimas seis campanhas, a produção não deixou de crescer à semelhança das existências do final da campanha, que passaram de 174,42 milhões de toneladas em 2012 para 266,10 milhões em 2017.
Estes dados mostram uma relação de existências/consumo de 35,73 por cento. Trata-se de um rácio muito alto e tranquilizador para o mercado mundial, que também assinala exportações muito elevadas com 181, 69 milhões de toneladas.
As existências mundiais estão distribuídas por 48 por cento na China, com 127 milhões de toneladas, o que supõe um crescimento de 16 milhões. Os cinco tradicionais países exportadores, nomeadamente, Estados Unidos da América (EUA), União Europeia, Canadá, Argentina e Austrália reúnem 18 por cento do total das existências com 50 milhões de toneladas, com menos quatro milhões de toneladas no final da campanha.
As existências no Mar Negro (Rússia, Ucrânia e Cazaquistão), com 20 milhões de toneladas, têm sete por cento do total e continuam em crescimento. A Rússia é o principal titular de “stocks” nesta zona do mundo, com 15 milhões de toneladas. Com a China de fora, nos principais países exportadores as existências são apenas de 70,5 milhões de toneladas, 26 por cento do total.
A nível mundial, o consumo alcançou quase 745 milhões de toneladas, das quais 19 por cento, cerca de 144,52 milhões, destinadas a rações e 81 por cento, 600,28 milhões de toneladas, para outras utilizações. O maior consumidor de trigo é a União Europeia, com 129 milhões de toneladas, seguida pela China com 117 e a Índia com 100 milhões de toneladas, mas a diferença destes dois últimos em relação à União Europeia, é que no bloco europeu o consumo está mais equilibrado entre o uso para rações e outros consumos.
Na atual campanha de 2017/2018, a Rússia posicionou-se como principal exportador de trigo do mundo com 36 milhões de toneladas, com uma grande distância dos seus maiores concorrentes, ou seja, a União Europeia com 26 milhões de toneladas e os EUA com 25,86 milhões.
CS
Fonte: Agrodigital
